quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Haiti tem necessidades infinitas

A república negra mais antiga do mundo vive nova tragédia. Só que em vez das armas - que não fazem a cidadania - a natureza mostrou sua força descomunal com um terremoto de magnitude 7. Destruição geral e mortes. Milhares, apontam os noticiários.
Cada progresso e esperança nascidos por lá quando não são solapados por golpes de Estado ou políticas populistas que depressa aproximam comportamentos ditatoriais, são pegos pela natureza.
O termo pobre ou miséria extrema encontra respaldo prático naquele país: o mais pobre do hemisfério ocidental e, segundo alguns indicadores, um dos cinco mais pobres do mundo. 85% da sua população vive com menos de um dólar por dia; 70% da população ativa está desempregada, enquanto 1% dos seus habitantes controla metade da riqueza nacional. O Haiti é o país mais atingido pela Aids nas Américas e é rota do tráfico de droga sul-norte mais lucrativa do planeta. Ou seja, o povo, que já vive amedrontado por milícias, dominado pela chamada burguesia local e objeto de tantas intervenções estrangeiras, como bem disse nesta quarta-feira (13) o embaixador do Haiti no Brasil, Idalbert Pierre-Jean, tem necessidades infinitas. O país precisa de pessoal e equipamentos pesados para tirar corpos dos escombros, além de alimentos, remédios e vacinas. Precisa, sabemos, de muito mais.

Na imagem, Anthony Guarino, um analista sísmico do Laboratório Sismológico Caltech, em Pasadena, Califórnia, mostra o pico de 7,0 do terremoto que atingiu o Haiti (AP Photo / Damian Dovarganes).

Doações
Uma conta bancária aberta pela ONG carioca Viva Rio, que realiza projetos sociais no Haiti:(Banco do Brasil/ Agência 1769-8/ Conta: 5113-6). Ou Oxfam America, Yele Haiti Fund, a Cruz Vermelha e as Nações Unidas, organizações internacionais que permitem doações pela internet.

Thiago Domenici é jornalista

2 comentários:

  1. Quanta dor, quanta tristeza... Por que um povo precisa sofrer tanto assim? São coisas que me custa entender.

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  2. Antes, pouca ação por parte de quem podia ajudar a melhorar a infraestrutura do Haiti e, agora, como consequência, mais desigualdade por vir. Pois um territorio que passa por tragédia de tal magnitude, sem condições estrutrais mínimas, certamente está mais sujeito a efeitos negativos.

    Será que o país sofre tanto, não só com os desastres naturais, claro, porque seu povo enfrentou os colonizadores/escravagistas há muito tempo?

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