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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

sexta-feira, 12 de março de 2010

CNN teme concorrência das redes sociais

A transição do impresso para o digital e a busca por um modelo perfeito de negócio que atenda a essas mudanças ainda são incógnitas. Não há um modelo fechado e definitivo, e as apostas e especulações vez ou outra vem à tona. Outro ponto ainda indefinido do jonalismo on-line são as redes sociais, que podem ser uma das soluções para maior audiência e lucratividade nos sites de notícias. O que fazer com elas? Como trabalhar com as redes sociais?
De acordo com nota publicada nesta quinta-feira (11) pelo portal português Agência Financeira, "a CNN está mais preocupada com a concorrência das redes sociais, como o Facebook, o Twitter ou o hi5, do que das outras estações de televisão". O presidente da CNN, Jon Klein, durante conferência sobre o futuro dos meios de comunicação social em Nova Iorque, disparou ainda: "a concorrência de que tenho verdadeiramente medo é a das redes sociais".
Recentemente, o The Guardian demonstrou preocupação com a mesma questão. Disse o diretor Alan Rusbridger: "(...) mas também a necessidade do jornalismo contar com o público, de transformar os meios e os jornalistas em redes sociais informativas onde desde a primeira informação até a distribuição, passando pelo marketing, incorporem o comportamento das redes. Se os modelos de negócios responderem a estes desafios, encontrarão mais pistas para decidir quais são os métodos e canais de entradas e rentabilidade mais adequados para cada meio. Em função do seu conteúdo, objetivos, público e organização.
Tanto para a CNN quanto para o The Guardian, o caminho é uma aproximação total com as redes sociais - um "enlace", usando o termo em espanhol. "As pessoas que são vossas amigas no Facebook ou aquelas que vocês seguem no Twitter são fontes de informação de confiança. Clicamos nas ligações que nos enviam e temos confiança nelas", disse Jon Klein. Mas ainda não ficou claro, ao menos para mim, como se dará essa aproximação dos veículos com as redes sociais, necessária, obrigatória e urgente.
Em tempo, segundo um estudo da Semiocast, o português é o idioma mais falado no Twitter, atrás apenas dos idiomas inglês e japonês.

Paulo Rodrigo Ranieri é jornalista e colunista do Nota de Rodapé onde mantém o espaço Do Analógico ao Digital

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