Entre 2012 e 2015, a Organização Mundial de Turismo (OMT), projetou uma movimentação na casa de 60 bilhões de dólares. A Tailândia, líder nesse setor, fatura 500 milhões de dólares por ano com o turismo médico (ainda segundo a OMT). Outros países muito procurados são Cingapura e Índia. Os indianos, inclusive, concedem visto especial de um ano para os "turistas-pacientes".
Por aqui, segundo o Ministério do Turismo, 180 mil estrangeiros vieram buscar tratamento médico nos últimos anos. Se levarmos em conta que nos EUA o seguro saúde é uma “bica”, usando uma gíria, o viagem se torna atraente, principalmente, pelo preço aliado a qualidade dos hospitais particulares do país (a maioria em São Paulo).
A cidade, aliás, recebe em agosto (entre 25 e 28) o primeiro encontro para desenvolver o Turismo Médico. O evento, foi batizado de Medical Travel Meeting Brasil e vai apresentar os hospitais brasileiros com certificações internacionais para planos de saúde e de seguros estrangeiros. A cidade recebe 11,5 milhões de turistas por ano e em 2009 foram 900 mil pessoas realizando algum tipo de tratamento médico ou estético.
Alguns hospitais da cidade como o Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Samaritano e HCor foram acreditados pela Joint Comission International, importante certificadora mundial e têm até setores e equipes especiais para receber os estrangeiros. Esse filão é mais um negócio em crescimento. A globalização ocorre em todas as áreas, não sei, sinceramente, se felizmente. Vamos perguntar aos que ficam nas filas do SUS?
Thiago Domenici é jornalista
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