Sem os bons livros que lemos seríamos piores do que somos, mais conformistas, menos inquietos e insubmissos, e o espírito critico, motor do progresso, nem sequer existiria. Tal como escrever, ler é protestar contra as insuficiências da vida. Quem busca na ficção o que não tem, diz, sem necessidade de dizer nem de saber, que a vida tal qual é não nos basta para saciar nossa sede de absoluto, fundamento da condição humana, e que deveria ser melhor. Inventamos as ficções para poder viver de alguma maneira as muitas vidas que gostaríamos de ter quando só dispomos de uma.
Mario Vargas Llosa, trecho do discurso do Prêmio Nobel, dez. de 2010
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