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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Outro fim trágico no caso da americana Rachel Corrie

Todo mundo se lembra da icônica imagem de um estudante chinês se manifestando por liberdade democrática plantado em frente a um tanque de guerra na praça da paz celestial, em Beijing, na China.

Outra imagem igualmente dramática, e com final cruelmente trágico, não teve a mesma divulgação na grande imprensa. Trata-se da jovem americana Rachel Corrie que, aos 23 anos, foi para a Palestina protestar contra a demolição de habitações de moradores que estavam sendo expulsos de suas casas numa operação militar do exército israelense, em 2003.

O motorista militar do trator pesado, ao contrário do condutor do tanque na praça da paz celestial, não parou. Soterrou Rachel, deu ré e avançou novamente. As imagens da tragédia podem ser vista no Youtube.

A diplomacia americana pressionou Israel para uma investigação rigorosa envolvendo a cidadã norte-americana. O resultado saiu ontem, 27. As autoridades israelenses decidiram que o militar que dirigia o bulldozer não teve culpa, nem comportamento negligente, segundo artigo no jornal inglês The Guardian.

O grupo Jewish Voice, formado por judeus democratas que se opõem à política de repressão armada ao povo palestino, lamentou a decisão hoje. Esse grupo está pressionando, nos EUA, para que os investidores americanos se livrem das ações da empresa Caterpillar, a fabricante dos tratores pesados que são usados militarmente na política israelense de demolição de casas e até vilarejos inteiros.

O embaixador americano em Israel, Dan Shapiro, disse à família de Corrie que a investigação “não foi satisfatória, rigorosa, acreditável nem transparente como deveria ser”.

Flávio de Carvalho Serpa, jornalista, especial para o NR

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