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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dor sobre dor


Passados os 50 anos do golpe militar a coluna 1964+50 segue firme em 2015, mas agora com novo título: VIVOS. Afinal, mortos e desaparecidos estão vivos na nossa memória e na nossa história.


por Fernanda Pompeu ilustração Fernando Carvall

Flávio Carvalho Molina
Nascimento: 8 de novembro de 1947
Cidade natal: Rio de Janeiro - RJ
Prisão: 6 de novembro de 1971
Cidade final: São Paulo - SP
Causa da morte: tortura

Procurar pelo corpo de Flávio - ex-militante estudantil, ex-integrante do Molipo, Movimento de Libertação Popular - exigiu lágrimas, determinação, lágrimas de seus familiares e amigos. Até que surgiu uma pista no Cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo. Finalmente seria possível prantear o morto? Não. Começou o triller de terror para a identificação da ossada, em 200 temporadas. Descaso, empurra-empurra, indiferença, ineficácia do Estado. Depois de quinze anos de lengalenga, os restos mortais de Flávio Carvalho Molina foram entregues à família.

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Fernanda Pompeu é a mulher do texto Fernando Carvall é o homem da arte

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