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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O espião Cervantes e os 408 anos de Dom Quixote

fac-símile da 1º edição
Miguel de Cervantes, muito antes de publicar a primeira edição de Dom Quixote há exatos 408 anos em Madrid, servia a monarquia espanhola como soldado. Antes de ser resgatado em 1580, passou cinco anos preso na Argélia depois de ser capturado por piratas berberes.

Depois disso, o futuro escritor virou espião em Oram, uma cidade ao norte de onde ficara preso. A história da literatura está repleta de casos de “escritores e espiões”: Francisco de Quevedo, John le Carré, Graham Greene, Rabelais, Voltaire, Daniel Defoe. Todos foram espiões.

No caso de Cervantes ele descobriu que não tinha jeito para a atividade secreta e caiu na literatura. "Não sou muito bom para o palácio porque tenho vergonha e não sei lisonjear", disse na voz de um personagem certa vez.

Aos curiosos vale ver a leitura da obra feita por intenautas numa parceria da Real Academia Espanhola e do YouTube. Essa dica já foi divulgada aqui neste NR (confira).

Thiago Domenici, jornalista

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