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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

22 anos e 34 lesões

Passados os 50 anos do golpe militar a coluna 1964+50 segue firme em 2015, mas agora com novo título: VIVOS. Afinal, mortos e desaparecidos estão vivos na nossa memória e na nossa história.


por Fernanda Pompeu ilustração Fernando Carvall

Gastone Lúcia Carvalho Beltrão
Nascimento: 12 de janeiro de 1950
Cidade natal: Coruripe - Alagoas
Morte: 22 de janeiro de 1972
Cidade final: São Paulo - SP
Causa da morte: dilacerações por tortura

Hoje sabemos que os órgãos de repressão da ditadura militar encenavam teatrinhos para mascarrar mortes por tortura. A farsa mais comum era óbito em violento tiroteiro. Os jornais aceitavam a versão oficial e legitimavam a fanfarronice sangrenta. Integrante da ALN, com treinamento em Cuba, Gastone Lúcia foi mais uma que teve a causa de morte adulterada. Também foi enterrada como indigente no Cemitério de Perus, São Paulo. Passaram-se anos até que um perito criminal ampliou a foto do cadáver de Gastone e constatou que além de tiros à queima-roupa, havia facadas, fraturas, ferimentos, equimoses. Conclui A moça não morreu em tiroteio. Aliás não houve tiroteio nenhum. Mais um assassinato na conta de Sérgio Paranhos Fleury.

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Fernanda Pompeu é a mulher do texto Fernando Carvall é o homem da arte

2 comentários:

curtidas instagram disse...

Tragico

Fernanda disse...

Excelente post. Já está marcado nos meus favoritos. Adorei este site ao ler vi que era o que eu estava procurando, Estou ansiosa para ler seu próximo artigo,

parabéns.e muito Swing um abraço

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