Entre 9h e 12h (horário de Brasília), 13h e 16h na área dos conflitos, o Exército de Israel fez uma interrupção dos ataques para permitir a entrada de ajuda humanitária. Fazendo um cálculo simples, em 11 dias de conflitos, excluindo hoje, são 2,42 mortes por hora, aproximadamente 30 por dia. Nas três horas de paralisação foram poupadas 7,2 vidas – repito, 7,2 vidas. Que bom seria se ninguém tivesse morrido. Mas a realidade não é essa. Uma pena. A tragédia continua.
“Moradores de Gaza aproveitaram a trégua de três horas para sair às ruas, fazer compras e visitar parentes”, afirma notícia do site Globo.com.
O que Israel alega ser uma resposta aos ataques do Hamas, traduzo como assassinato deliberado com apoio estadunidense. Quem é mais terrorista nessa história? Crianças e pessoas idosas estão morrendo, gente que não tem responsabilidade com essa merda histórica sem solução.
Em documento organizado por intelectuais e professores universitários de vários países, o repúdio ao massacre da população na Faixa de Gaza e ao ataque desferido pelo exército de Israel contra a Universidade Islâmica de Gaza. "Usa-se o mesmo sofisma com o qual se ataca o povo de Gaza: os estudantes e os professores da Universidade seriam do Hamas, o mesmo pretexto dos regimes fascistas para decretar a morte da cultura", afirma um trecho da carta.
A posição brasileira
Em conversa telefônica ontem com a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em tom mais moderado, criticou a perda de vidas humanas e o uso "desproporcional" de força na ofensiva israelense contra os palestinos, invocou a necessidade de um cessar-fogo imediato e sugeriu um "possível" envio de uma missão observadora internacional. O Brasil não tomou lado, mas nas entrelinhas está claro o desgosto com o conflito do forte contra o fraco. Já o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, foi menos diplomático ao dizer "Quando há um atentado contra Israel, é um ato terrorista; quando uma ação do Exército israelense provoca morte de civis palestinos é uma reação de defesa? Isso é terrorismo de Estado, me desculpe."
Outros blogs estão de olho e comentando os episódios lastimáveis, o blog do Bourdoukan, por exemplo ou o blog do Ferréz que traz um texto muito importante. A Carta Maior é outra boa fonte. Fora o que tem saído nas agências internacionais e na imprensa, o que não é muito confiável, fica difícil tecer mais comentários a respeito. Lamentar e repudiar, acreditar que os assassinos serão investigados pelas cortes internacionais é o que dá. Um desejo meio utópico, eu sei, é tal a justiça. Que seja, acho que todos que respeitam a vida acham o mesmo.
5 comentários:
Com certeza, o assessor Marco Aurélio Garcia, em poucas palavras falou tudo. E também eu posso estar enganado, mas esse governo "terrorista" do Hamas foi eleito democraticamente.
Concordo com você que não da para confiar no que na "grande" imprensa, seja nacional ou internacional. Mas recetemente, no IG, vi uma matéria onde, Bush jr., apoiava, só para variar, o ataque israelense, e mais dizia que o Hamas é quem instiga a violência. Então quando esse sujeito se posiciona de um lado, já da para saber, sem nem pesquisar muito, quem tá com a razão...
Tiago, muito bem elaborado o post, tanto que eu retirei trechos e coloquei no meu blog, caso se incomode diga que sem problema algum, eu retiro portamente...ok...
* prontamente...
* prontamente...
Alô, David
não tem problema nenhum. A vontade. obrigado, abraço. Thiago
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