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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O lado homofóbico da Rússia


Enquanto o Brasil tenta se tornar pioneiro na consolidação dos direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (LGBT) com o recente lançamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT, pela Secretaria dos Direitos Humanos (SEDH), a Rússia e sua polícia proibiram uma passeata gay em Moscou, no último sábado (16), após o final do festival de música Eurovision Song Contest.
Segundo informações da BBC, ativistas foram presos, entre eles, o britânico Peter Tatchell que gritou ao ser preso "Isso mostra que as pessoas russas não são livres!". Mais cedo, a mesma polícia permitiu a passagem de uma manifestação contrária, liderada por grupos religiosos e nacionalistas.
Aos que acham que o Brasil está engatinhando no processo de consolidação dos Direitos LGBT vale destacar que aqui aconteceu a I Conferência Nacional GLBT, realizada em Brasília, em 2008, “Direitos Humanos e políticas públicas: o caminho para garantir a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”, convocada por decreto presidencial, fato inédito no mundo. Também é do Brasil a maior parada do movimento desde 2004. Em 2008, foram 3,4 milhões de pessoas às ruas de São Paulo se manifestar na tradiconal e popular "Parada Gay". Enquanto isso, na Rússia, os homossexuais sofrem ataques constantes e ainda há o risco de ser demitido do emprego e desprezado por suas famílias. Ainda segundo a BBC, o prefeito de Moscou, Yuri Luzkhov, descreveu passeatas gays como coisas "satânicas". Grupos de ativistas contra os direitos gays haviam ameaçado tomar as rédeas, caso a polícia não conseguisse interromper a marcha deste sábado. Um absurdo! Uma afronta a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Vale lembrar que na próxima edição da Revista do Brasil terá uma matéria sobre o tema LGBT, inclusive destacando os pontos falhos no Brasil, como a ainda vigente lei Militar que dá cadeia (seis meses a um ano) para atos de "pederastia" e a briga no Congresso para a criminalização da Homofobia, que, por falha histórica, foi esquecida da constituição de 1988.

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