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A Prefeitura, por meio da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, exigiu a troca das telhas de amianto que estavam sendo utilizadas, por parte da empreiteira, nas obras do alojamento no campo Santa Clara, bairro Caetetuba. As telhas de amianto são proibidas por lei estadual e municipal.
A irregularidade na obra foi verificada em fiscalização no dia 20 de abril, terça-feira, quando a empresa foi notificada a realizar a troca do material. “Emitimos a notificação à empresa contratada exigindo a instalação de telhas de fibrocimento onduladas, que não contém amianto, conforme o memorial descritivo da obra”, diz a secretária de Urbanismo e Meio Ambiente, Ticiane d’Aloia.
Ainda segundo a secretária, o alojamento está sendo construído dentro da proposta inicial, para abrigar as famílias que foram vítimas das enchentes que hoje estão em abrigos em ginásios e contêineres durante o tempo necessário para a construção de casas populares definitivas. A proposta pressupõe uma obra rápida e com custos baixos, sem descartar a qualidade.
A obra prevê a utilização de estrutura de madeira pontaletada e sarrafos. “Toda madeira utilizada é de pinus e eucalipto reflorestados. Para o fechamento lateral serão utilizadas chapas de madeira compensada de 10 mm, que posteriormente receberão fundo preparador e 2 ou 3 demãos de tinta esmalte, assegurando sua impermeabilidade”, explica a secretária Ticiane.
A secretária afasta a possibilidade de contato direto das madeiras com a água, no caso de chuva. “A obra também prevê a execução de 2 fiadas de blocos de concreto no perímetro da construção, possibilitando o afastamento das chapas de madeira do contato direto com a água. Nas áreas molhadas essa alvenaria chega a 1,20 m de altura, revestida com reboco impermeabilizado e pintura látex PVA antimofo”, considera. O projeto do abrigo provisório foi baseado no modelo construído na cidade de Jundiaí para abrigar famílias temporariamente.
A empreiteira contratada para execução da obra é a A3 Terraplenagem e Engenharia Ltda, que tem o prazo de execução de três meses a partir da Ordem de Serviço, datada de 22 de março de 2010. “Não há interesse na prorrogação do contrato por se tratar de obra emergencial. A proposta é que até o fim de maio as famílias já estejam instaladas no alojamento”, continua a secretária.
A Prefeitura adquiriu um terreno no Jardim Colonial e a proposta inicial é de fazer uma licitação contemplando a construção de unidades habitacionais por meio do programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”. Já estão em licitação as obras de urbanização de construção de unidades habitacionais pelo Programa FINHIS, responsável pela construção de 240 unidades na Vila São José, 168 unidades no Caetetuba II e 15 unidades Guaxinduva.”"
5 comentários:
O que mais me "supreende" é a prefeitura ter constatado essa irregularidade apenas no dia 20/04. Como podemos notar, a reportagem pelo NR foi feita dia 04/04 e posso afirmar que as telhas já estavam sendo instaladas bem antes dessa última data. (o local das "casas" é meu caminho habitual)Sendo assim fica a minha pergunta... Qual o tipo de fiscalização da prefeitura de Atibaia em suas obras?
Viviane
Que bom ver jornalistas fazendo um bom trabalho. Parabéns ao NR e aos repórteres pela matéria e pelo belo resultado.
Sem demagogia, se 10% da força que nós jornalistas empreendemos diariamene para falar sobre a vida de "celebridades" fosse usada desta forma - relatar problemas, contas histórias reais e denunciar -, o mundo seria um pouquinho menos ruim. Parabéns ao Moriti, à Paula e ao Thiago. Vida longa ao NT.
Parabéns pela ótima reportagem,Moriti! Você esclareceu a população e mostrou o que estava errado.
Essa é função social primordial no jornalismo,de informar, e melhorar as condições de vida das pessoas.Isto também mostra força da mídia digital e a democratização promovida pela internet, sinto orgulho de ter sido seu colega de curso, além de ser seu amigo.
Abraço
Cumprimentamos o jornalista Moriti Neto pela pertinência em denunciar tais irregularidades na obra da Prefeitura de Atibaia, que deveria ser a primeira a dar o exemplo, inclusive instalando placa indicativa de que "naquela obra não se usa o amianto para proteção da saúde pública", como exigido na Lei estadual 12.684/2007. A pressão tem de continuar para que as telhas sejam substituídas o quanto antes, pois a confissão do ilícito, simplemsmente, não elimina os riscos associados ao cancerígeno amianto.
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