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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Da glória à palhaçada

Um menino encantou o mundo do futebol quando, entre os 17 e 18 anos de idade ajudou o Brasil a conquistar o seu primeiro campeonato mundial na Suécia em 1958. Edson Arantes do Nascimento, o até então desconhecido Pelé, partia para sua fulgurante carreira, sendo até hoje considerado o rei do futebol, mesmo tendo ao seu lado grandes nomes como Puskas, Di Stefano, Leônidas da Silva, Garrincha, Maradona.
Conquistou títulos e mais títulos com o seu Santos Futebol Clube e com a Seleção Brasileira e foi ao lado de Garrincha, na minha modesta opinião, um jogador que sabia fazer do futebol uma arte, um espetáculo que ultrapassava as paixões clubísticas e a possibilidade da mesmice dentro das quatro linhas de um estádio.
O mundo mudou e com ele, é claro, o futebol. Aos poucos o “produto” futebol superou o esporte e se transformou numa das maiores máquinas de ganhar dinheiro no mundo. Não demorou muito e o mercenarismo apareceu, bem como a fábrica de jogadores para serem vendidos a preço de ouro. E nesse novo mundo, tudo vale para transformar o craque ou o perna de pau num bom negócio.
O Santos de Pelé também mudou muito e depois de muitos anos ameaçou montar um novo e fantástico time. Apenas ameaçou, pois como se tornou usual nos dias que correm, assim que um novo craque desponta, todos os interesse ao redor dele se manifestam das maneiras mais ambiciosas e mesquinhas. Foi aí que apareceu o também garoto Neymar. Bom jogador, ninguém discute, mas ainda longe daquilo que foi Pelé.
A fama subiu-lhe à cabeça antes da hora e, em menos de dois anos, foi transformado em celebridade e um bom e lucrativo negócio. Com os gols marcados, alguns muito bonitos, ajudou a criar uma coreografia debochada para a comemoração desses gols, desrespeitando o adversário e sua torcida. Depois, a indisciplina contra o seu técnico Dorival Júnior, com o clube dispensando o técnico e passando a mão na cabeça do menino. Por último, a expulsão de campo por comemorar um gol com o uso de uma máscara, prejudicando o Santos numa competição internacional.
Isso resume um pouco a história do futebol brasileiro: da glória de Pelé à palhaçada do Neymar.

Izaías Almada é dramaturgo e escritor, colunista do NR e do Escrevinhador

Um comentário:

Deise disse...

Calma ai né, Neymar é sim mto imaturo, mas qnto exagero nesse post!
As dancinhas são desrespeito? Aquilo contagia a torcida, td mundo gosta, a arquibancada imita, é uma brincadeira, uma forma de comemorar, alguns jogadores exageraram sim, como no caso do Madson imitando porco no jogo de Santos Vs Palmeiras no ano passado, mas a torcida do Palmeiras e principalmente os jogadores levaram de boa, qnd marcaram fingiram estar pescando e depois teve a dança do Armero, isso q todos deviam fazer, entrar na brincadeira tbm.
Quanto a máscara, Neymar errou sim, td jogador tem por obrigação saber a regra, mas a máscara q gerou a expulsão foi jogada do camarote da diretoria do Santos, acho q diretores tem uma obrigação maior ainda de saber as regras né, ele errou, prejudicou o time, mas ñ foi sozinho!

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