Sábado, 9, entrevistei a professora aposentada da USP, Olgária Matos, na sua casa ao lado do metrô Santa Cruz, São Paulo. A entrevista sairá no especial que a Caros Amigos publicará sobre o tema, digamos assim, pós-humano. Pois é, um tema espinhoso, já que trata das questões que envolvem nanotecnologia, humanóides, engenharia genética, física quântica e afins. O Especial parte da pergunta inquietante, formulada por um jornalista americano em matéria sobre o livro "A Era das Máquinas espirituais", de outro gringo chamado Raymond Kurzweill: "Temos lugar no futuro?". "Nós" somos a humanidade. E a pergunta nasceu da assustadora naturalidade com que Kurzweill e a maioria dos cientistas empregados em pesquisa nanotecnológica afirmam que brevemente (eles estimam que até por perto de 2040) será possível, pelo ensaio de mini big bangs, criar substâncias semelhantes às que, através de 13,7 bilhões de anos, deram origem a toda vida animal do planeta - parte da qual evoluíu para o homem.
A parte que me coube tratar com a professora Olgária se refere ao conceito de tempo. Como a atual aceleração da sociedade cria a sensação de que não há mais tempo para nada. Na realidade, são os próprios mecanismos sociais e econômicos que necessitam dessa situação. As diferenças entre tédio e monotonia podem caracterizar formas de se relacionar com o tempo. Daí falarmos sobre as metamorfoses do tempo e o tempo na contemporaneidade. Confesso, foi um papo interessante e que fez cachoalhar a cachola.
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