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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Penetra Oficial # 5

No dia a dia do show business nos deparamos com situações esquisitas e inusitadas como em qualquer outra empresa.

Exemplo 1:

Uma funcionaria da produtora liga para empresa em Juazeiro do Norte a fim de fazer um orçamento para abastecimento de camarim:

Direto de Juazeiro: - Alô?
Produtora: - É da empresa de Buffet?
Direto de Juazeiro: - Isso mesmo.
Produtora: - Com quem falo?
Direto de Juazeiro: - Com a menina que trabalha no Buffet.

Exemplar atendimento!

Exemplo 2:

Tentando falar com um dos meus fornecedores:

- Alô?
- Oi, por favor, o Carlos está?
- Quem quer falar com o Carlos?
- É a Fabiana da produtora.
- Com quem você quer falar?
- ÃÃÃ, com o Carlos?
- Ele não está não.

Das duas uma: pegadinha ou ele não queria me atender. Qual a sua opção?

Exemplo 3:

Pior que isso só quando um artista é obrigado a ensinar uma jornalista a trabalhar; muito pior quando ela não aceita a critica e resolve discutir com o artista via torpedo. Incrível!

Jornalista – Liga por favor  para “fulana” do veiculo “x”  fone “x”
Artista - Esse é meu telefone pessoal. Não sei quem te deu, mas não deve ser usado. Para compromissos profissionais, favor ligar para meu escritório. Já adianto que estarei ocupado amanhã e sexta. Obrigado.
Jornalista - Sua ass tb nao atende vc poderia falar comigo por favor  

Artista - Atende sim. 

Jornalista - Que pena achei q vc fosse acessível boa sorte
Artista - Eu sou, mas também sou profissional, ao contrário de você. 

Jornalista - Sugestao: terapia
Artista - Como eu disse: total falta de profissionalismo. Sugestão: estudo.

Sinceramente não passaria por isso em nome de um grande veículo de comunicação. A jornalista, depois que seu editor soube dessa troca de “afagos”, perdeu o trabalho.

Exemplo 4:

O numero telefônico dos ramais do meu departamento são muito parecidos com o de um hospital da região. 90% das ligações diretas que caem no meu ramal são para o hospital:

- Alô?
- É do hospital?
- Não, aqui é uma produtora
- Tem certeza?

(espero que sim. imagine se descubro que após sete anos de empresa ela é na verdade um hospital?)

Exemplo 5:

E o mundo do show business vai te deixando tão maluca que você acaba trocando os nomes, sobrenome e paga micos sensacionais. Essa é da nossa ex-recepcionista:

- “Agência”. Boa tarde!
- Por favor, o cicrano.
- Quem quer falar?
- É a Marjorie
- Marjorie, você aguarda só um Estiano, por favor?

(Como é?)

Exemplo 6:

Existem palavras que são auto-explicativas, concordam? Pior quando ela tem uma função muito importante no ramo. Um produtor pode não saber tudo de produção, mas isso é básico e de fácil compreensão.

- Fulano, vi agora o contrato que você fez e o número de carregadores está errado.
- Vocês pedem 15 e eu coloquei 20, tem até a mais...
- Eu sei, mas isso pode dar problema!
- Como assim dar problema? Quanto mais carregador mais rápido terminará o trabalho. Se o contratante pedir pra retirar a gente retira.
- Não, mas a gente não pode fazer isso.
- Por que não? “Fulano”, você sabe o que é carregador?
- Não.

(PS: carregadores são homens responsáveis por transportar o equipamento da banda de forma a agilizar a montagem e desmontagem do palco).

A gente se diverte um pouco à custa de nós mesmos.

Fabiana Cardoso é jornalista, produtora e colunista do Blog Rodapé.

2 comentários:

Valeria disse...

Pois é Faby,

Rimos para não chorar!!! hahaha
E inclusive poderia fazer um livro relatando os 'causos' do dia-a-dia, pq acho q aqui os caracteres não permite... hehehe

bjs,

Camilo Pellegrini disse...

HAHAHAHAA
ótimo

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