.

.
30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

domingo, 26 de setembro de 2010

Jornalistas da Folha e Estadão: que tal assumirem também?

Já que neste domingo, 26 de setembro, a Folha de S. Paulo em editorial de primeira página diz manter uma "linha independente" e "apartidária" e o Estadão diz que seu apoio é pela candidatura José Serra por um "mal a evitar" proponho algumas linhas para consideração. Da mesma forma, vale lembrar, Carta Capital se posiciou a favor de Dilma, e onde trabalho, na Revista Retrato do Brasil, a mesma linha a favor de Dilma foi seguida. Em todos os casos é honesto com o leitor se posicionar e dar a ele a oportunidade de entender o que pensa realmente o jornal ou revista que lê em seu cotidiano. Na França e nos EUA esse posicionamento existe há algum tempo. Aqui, há uma semana das eleições do dia 3 de outubro, é hora de aproveitar a onda para dizer o que se acha dentro das baias de trabalho jornalístico. Repórteres, editores, redatores, fotógrafos, estagiários e afins, o que vocês querem para o Brasil? Concordam com a posição assumida pelo veículo em que trabalham?
Partindo do pressuposto de que um jornal é feito por jornalistas com sua linha editorial ditada por seus donos. Partindo do pressuposto que, segundo os próprios, "independência e transparência" são parte do dia a dia da cobertura dos jornais citados, não seria problema, ao contrário, que fosse dada a oportunidade de seus jornalistas e funcionários se posicionarem também. Que tal uma votação interna, auditada, a ser divulgada em primeira página sobre as prefências de seus funcionários e jornalistas diante do próximo pleito?
Este blogue, humildemente, fará essa votação durante a semana e divulgará aos seus leitores. Todos, sem excessão, poderiam fazer o mesmo, se assim julgarem prudente. Seria, da mesma forma, honesto com seus leitores que consomem informação de web ou não. Seria digno e louvável que seus jornalistas - aos que assim quiserem - divulgassem, sem nomes, se assim preferirem, a sua preferência política. Afinal, a posição dos patrões não é, necessariamente, a mesma de seus funcionários. Se vivemos numa democracia tal qual é propalada e discutida com afinco nos últimas dias - liberdades daqui e dali - seria fundamental, repito, fundamental, tal posicionamento. Fica o apelo. E aí, jornalistas da Folha e Estadão (e, claro, todos os outros veículos), vamos assumir também?

Thiago Domenici é jornalista e, em breve, trará aos leitores deste NR o posicionamento de seus colunistas e dele próprio.

Um comentário:

Anônimo disse...

grande Thiago, a revista Imprensa fez uma pesquisa nas eleições de 2006 dentro das redações. Deu Alckmin. Nesse ano resolveram não fazer a mesma pesquisa. Provavelmente para não prejudicar o instituto da imparcialidade. Abs, Lucas K.

Postar um comentário

Ofensas e a falta de identificação do leitor serão excluídos.

Web Analytics