O amigo e jornalista Júlio Cruz Neto esteve na Itália recentemente e fez um texto saboroso sobre como o italiano tem lidado com a crise no seu dia a dia. Convido os leitores do NR a conhecerem seu blog e, de lambuja, lerem o texto completo...
"Onde se pode tomar um bom café aqui perto, pergunto após fazer a barba, como se fosse difícil encontrar café bom na Itália. Qualquer posto de gasolina de beira de estrada serve um expresso melhor que o de qualquer padaria de São Paulo, e mais barato.
O elegante senhor trajando terno responde de bate-pronto (todo italiano que se preze tem seu “melhor café da cidade”, seja qual for a cidade) e estende o braço com o cartão de visita. Agradeço e me viro para ir embora, mas ele interrompe: “Vou te acompanhar”. Tento argumentar que pode aparecer algum cliente, mas é em vão.
“Me ne fotto”, responde de boca cheia, enfatizando cada palavra e gesticulando com a mão esquerda, antes de colar um “Ritorno subito” na porta da barbearia e chamar o vizinho para avisar que volta logo, caso alguém apareça.
Me ne fotto equivale a dane-se, não estou nem aí, de maneira mais vulgar. Uma vulgaridade gentil, no entanto, porque dá a entender que nosso cafezinho vale mais que qualquer serviço perdido.
Este não é um mero relato sobre como os barbeiros são simpáticos na Itália. É o início de uma crônica com pitadas de reportagem que escrevi sobre como os italianos estão lidando com a crise."
Para ler o texto completo, basta clicar aqui.
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