sexta-feira, 20 de março de 2009
Uma historinha da ditadura
Quando minha mãe, Zilda, tinha 13 anos, vinda do Paraná, da cidade de Sertanópolis ela mal sabia o que era ditadura militar. Corria o ano de 1965. Trabalhando como empregada doméstica na casa de um falecido advogado, de nome Lauro, certa vez ficou curiosa com as constantes reuniões a portas fechadas no apartamento da Vila Mariana, em São Paulo. Das reuniões, lembra apenas de um tal Tancredo Neves que depois veio a saber quem era. Durante uma das faxinas encontrou um pequeno cartão de visita, todo branco e foi imediatamente aconselhada: "você não viu isso, não comente com ninguém." Os seguintes dizeres em preto denunciavam: "O Brasil é um país pior que o Estado Novo, existe uma linha dura costurando o cú do povo."
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