.

.
30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eu também sou filho da puta, senador!

Antes de tudo, minha total solidariedade ao jornalista e colega João Peres. E votos de que continue a desempenhar corajosamente a sua missão de informar.
A arrogância e o desespero dos incompetentes e dos traidores das causas populares têm mostrado a sua face mais obscena nessa campanha eleitoral por parte de um partido que, em tempos nem tão distantes assim, quis representar no Brasil o pensamento de esquerda seja dito “civilizado”. Caiu a máscara!
Com a perspectiva de que venha a público e, mais do que isso, temendo o julgamento popular e da própria justiça brasileira, a nata do PSDB e da oposição como um todo, entrou em queda livre e quer melar o jogo da democracia no país.
O discurso, por vezes inflamado, de vários desses atores, já desliza pela linguagem de esgoto, muito provavelmente a mesma linguagem com que se tratam uns aos outros na hora em que vêm seus interesses contrariados nas grandes jogadas de corrupção em que se envolveram no governo de São Paulo ou na comemoração dos seus patrióticos “negócios”
Com a palavra o ex-vice governador e atual senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira que, do alto da sua ignorância e falta de educação ataca um jornalista no cumprimento de sua missão.
Quem é filho da puta, senador? O jornalista ou os que recebem propina da Cia. Alston, essa empresa das licitações do metrô de SP, conforme inquérito que está em julgamento na Europa?
Quem é filho da puta, senador? O profissional de imprensa independente ou amigos que desviam dinheiro do Caixa 2 do PSDB e ameaçam com chantagem se não forem defendidos?
Quem é filho da puta, senador? Quem diz a verdade ou quem vicia processos de licitação em benefício próprio, botando a mão no dinheiro público?
Quem é filho da puta, senador? Quem defende a soberania nacional ou quem entrega a riqueza do país a empresas internacionais, vendendo-as a preço de banana? E que um dia já se disse “revolucionário”?
A lista de perguntas é bem mais extensa, mas não vou maçá-lo com questões que têm a ver com a consciência dos homens que, de fato, são sinceros e honestos na sua trajetória política. Seria esse o seu caso?
Orgulho-me, sinceramente, de não pertencer ao seu grupo social e político. Entre o meu Brasil e o seu, de homens verdadeiramente “íntegros”, prefiro ser um filho da puta, mas com a dignidade de quem não se vende por trezentos dinheiros. E não sou pelego filiado ao Partido dos Trabalhadores.
O fascismo enrustido não passará!

Izaías Almada é dramaturgo e escritor, colunista do NR e do Escrivinhador

Um comentário:

Unknown disse...

Andei lendo numa coluna sobre tipos de pessoas mascaradas Belgas.

Aloysio Nunes...........O Belga.

Postar um comentário

Ofensas e a falta de identificação do leitor serão excluídos.

Web Analytics