Na quarta-feira, a justiça de lá condenou à prisão perpétua o ex-capitão Alfredo Astiz e outros 11 militares, considerados culpados em casos de sequestros, torturas e outros crimes, cometidos na Esma, durante a ditadura militar no país entre 1976 e 1983.
O meu amigo Diogo Ruic (que já colaborou algum tempo aqui no NR) é um dos co-autores do premiado documentário. Vale ser visto para entender melhor o que se passou no período. Na decisão da justiça argentina, muito comemorada pelos familiares dos desaparecidos políticos, Astiz, conhecido como “o anjo loiro da morte”, era quem comandava a Esma.
Entre os demais 11 militares condenados destaca-se o ex-capitão de corveta Jorge “Tigre” Acosta, que teria sido um dos criadores dos “voos da morte”, como ficaram conhecidos os lançamentos de prisioneiros, ainda vivos, a partir de aeronaves que sobrevoavam o Rio da Prata e o Oceano Atlântico.
Os acusados foram julgados por crimes contra 86 pessoas, entre as quais, Azucena Villaflor, fundadora do grupo Mães da Praça de Maio, o jornalista, escritor, dramaturgo e militante político Rodolfo Walsh, e as freiras francesas Leonie Duquet e Alice Domon, ligadas às Ligas Agrárias.
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