Um jornalista experiente, com grande bagagem, nesse episódio uspiano, escorregou feio. Simplesmente opinou a versão do senso comum. Outros, como sempre, simplesmente ignoraram os fatos.
Interessa, pra mim, que você, caro leitor, não engula qualquer informação e a tome como verdade. Se tem uma coisa importante no jornalismo é saber o que se lê e onde se lê. E desconfiar sempre, acredite, não é demérito nenhum.
Por isso, coloco para vocês alguns textos de colunistas de jornais que acho que tem uma visão menos maniqueísta dos recentes fatos na USP.
E faço uma clipagem de textos “gerais” que, por falta de penetração de massa, não chega a você pelos veículos tradicionais que, infelizmente, na pressa, pressão e afins publicam uma informação desvirtuada.
E um fato mal apurado leva a conclusões precipitadas.
Espero que as leituras abaixo, diante das que você já leu, ouviu e viu, te ajude a fortalecer sua análise critica.
Boa leitura.
❑ Para os meninos da USP, texto de Jotabê Medeiros, repórter de Cultura do Estadão.
❑ Desabafo de quem estava lá, por Shayene Metri, Jornal do Campus
❑ Nota de esclarecimento sobre a assembleia geral dos estudantes de 01 de Novembro
❑ Vagabundos, baderneiros, maconheiros, irresponsáveis... incompetentes?, por Daniel Gorte-Dalmoro
❑ Campus da USP, quem ganhou e quem perdeu, por Walter Maierovicht, no Terra Magazine
❑ Muito além da polêmica sobre a presença ou não da PM no campus da USP, por Raquel Rolnik
❑ Geração Mascarada, por Marcelo Rubens Paiva
❑ Nota sobre a tropa de choque na USP e a prisão de 70 estudantes
❑ Tributo a festa da Nokia, do blog Godod não virá
❑ Relato sobre a ação policial na USP no dia 8 de novembro de 2011, do blog Boteco da Bete
❑ O longo caminho da truculência e seu mais recente capítulo na USP, por Luka Franca, do blog Bidê Brasil
❑ Eu penso. E você? do blog o Sexo e as Mulheres
❑ Relato - Desocupação da Reitoria e Prisão Política, do Blog Notícias da Merda Fóssil
❑ A PM e a USP: onde estão as fronteiras que separam a universidade da sociedade? por Blogueiras Feministas
❑ A pauta da ocupação por Guilherme Scalzilli
❑ O longo dia de ontem na USP e a desocupação pela manhã, por Igor Carvalho, Revista Fórum
❑ Uma aula de crise, Por Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa
❑ Esclarecendo o caso USP (pra quem vê de fora), por Jannerson Xavier, no Facebook
❑ Pronunciamento oficial da Atlética FFLCH sobre os acontecimentos recentes na USP, no Facebook
❑ ECA: Moção de repúdio a cobertura da imprensa sobre o movimento estudantil
❑ Ocupação da USP, uma questão de legitimidade, por Raphael Tsavkko Garcia, no site Almálgama
❑ A face autoritária do reitor da USP, por Ana Paula Salviatti, Blog Coletivo Outras Palavras
❑ Nota de pesquisadores da Universidade de São Paulo sobre a recente crise da USP
❑ USP: autonomia seletiva, por Leonardo Caderoni e Pedro Charbel, no blog do Juca Kfouri
❑ Conflito da USP é maior do que maconha, por Marcelo Semer, Terra Magazine
❑ Pensar a USP, Vladimir Safatle, na Folha de S. Paulo
Thiago Domenici com colaboração de Natalia Mendes
5 comentários:
Acompanhei estarrecido à cobertura jornalística (...?!) da rede Globo e como num “déjà vu”, pareceu-me estar revivendo a ditadura, com as inúmeras violações à Dignidade da Pessoa Humana sendo mostradas sem qualquer constrangimento ou considerações críticas por parte da emissora. A Dignidade da Pessoa Humana é fundamento de Estado Democrático de Direito, ou pelo menos era (art. 1º, inc. III da CF.), e a Globo, como em tantas outras vezes, ignora completamente isso quando lhe convém. Foi revoltante ver o governador Alckmin falando de democracia de forma tão cínica, pois é claro que ele deve ter aprendido na escola lá em Pindamonhangaba que as democracias modernas são resultado de lutas, muitas vezes sangrentas, e não de dádivas de governantes como ele, que confunde Estado Democrático de Direito com Estado de Direito. A China é um Estado de Direito, e por isso lembramos bem o que aconteceu na Praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989. A Alemanha nazista era um Estado de Direito. E para piorar um pouco mais, temos no judiciário de São Paulo alguns adeptos ferrenhos da “Doutrina da Lei e da Ordem”. Bem, sobre a Polícia Militar nada a ser acrescentado uma vez que são treinados para combater o “inimigo”, pela própria ideologia militar. Lembro-me então de uma passagem citada por Jerome Kohn na introdução do livro “Responsabilidade e Julgamento” de Hannah Arendt: Os alunos da New School haviam ocupado as salas de aula para protestar contra a guerra, e o corpo docente reunira-se para decidir se a polícia deveria ser chamada para restaurar a ordem; Hannah, que estivera em silêncio durante toda a reunião, reagiu quando um de seus amigos disse de forma relutante que a polícia deveria pelo menos ser informada; disse ela, “Pelo amor de Deus, são estudantes, e não criminosos”. Aqueles alunos da USP que foram levados pela briosa não tiveram respeitados nem os direitos básicos de um preso, como por exemplo, o que é garantido pelo inciso XLIX do art. 5º da CF., onde diz que “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”: A Globo fez questão de mostrar um PM obrigando um dos alunos a mostrar o rosto para as câmeras. A lei e a ordem foram restabelecidas e o governador está satisfeito. Vivas ao governador, vivas ao judiciário de São Paulo, vivas à briosa PM.
Parabéns pela iniciativa! muito útil!
Obrigado, Ana Florice. A ideia é justamente ser útil com essa clipagem. Volte sempre! Abs.
Obrigada. Simplesmente obrigada.
De nada Rafaela, volte! Abs.
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