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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Um rolê em Amsterdã

Para uns, Amsterdã é a cidade da maconha. Para muitos outros também, e de fato poder fumar ou comprar sem problemas é um dos atrativos utilizados para atrair turistas. Todavia, é também singular por n motivos que fazem por merecer uma visita.

Muito arborizada e entrecortada por canais, é gostoso passear por suas ruas – se o clima ajudar, claro. A parte central, mais próxima do mar, tem muitas lojas, a maioria dos coffe shops, o red light district. Um pouco distante vê-se apenas residências, casas muito boas, como nos entornos do Vondelpark, o maior da cidade, ótimo para um piquenique ou apreciar as holandesas no banho de sol.

No meio do parque há uma grade circular utilizada como achados e perdidos do local. Quando alguém encontra um objeto, o pendura e ali ele fica até o dono pegar. Fiquei intrigado ao ver um tênis (só um pé)...

Achei o clima local um misto de liberdade com um quê de pesado – Amsterdã respira sexo e drogas. Em qualquer birosca encontra-se biscoitos, sementes, pasta dental, camisinha e tudo que puder ser feito de maconha. Numa delas, na qual minha amiga queria comprar um guarda-chuva, o vendedor nos ofereceu um doce ótimo e totalmente seguro. Achei prudente não confiar nele.

O famoso red light district não passa de algumas vielas nas quais prostitutas ficam em vitrines a espera de seus clientes. Há todas as idades e etnias, e acho que 80% dos que lá vão são atraídos pela curiosidade, não pelos serviços.

Ao contrário do Brasil, lá acontece tudo acontece à luz do dia e de forma legalizada. No entanto, é impactante assistir a uma mulher exposta vendendo a si mesma.

Os coffe shops são um capítulo a parte. Pensava que encontraria vários locais bacanas, esperando clientes para relaxar. Ledo engano, a maioria deles é apertado, meio capenga e com uns três chapados encostados num canto. Ficaria decepcionado, mas a sorridente garçonete do restaurante do Amsterdan Museum deu-me uma boa sugestão de onde ir, indicando o Dampkring – isto após trazer minha almôndega tradicional holandesa com mostarda especial. Descobri ser uma almôndega comum num pão de trigo e um sache de mostarda, mas valeu.

Voltando ao coffe shop, o Dampkring serviu de locação para o remake de “11 homens e um segredo”. Há fotos de George Clooney e Brad Pitt na parede, além de cenas do filme. O atendente conta que, durante as gravações, Clooney apenas visitou o lugar, enquanto Pitt provou algumas de suas especialidades.

O cardápio tem uma dúzia de opções, todas com descrições de o que provocam e preços entre 8 e 20 ou 25 euros o grama. E também os famigerados space-cakes, bolinhos de maconha.

Outra experiência que só Amsterdã pode proporcionar diz respeito ao hostel. Quando chegamos não havia ninguém, após uns 20 minutos aparece um cara jovem, de óculos way-farer com uns desenhos que lembravam o metrô londrino e cara de chapado. Pergunta, com uma voz lenta “are you the brazilians, Yes?”.

Figura, nem havia como ficar brabo com ele, nem mesmo após ser acordado às três da manhã por um casal que teoricamente ocuparia o quarto aonde estou. O gerente obviamente sumiu, e ninguém sabe o que acontece. Uma ligeira mudança e três mochilas depois estou num quarto novo – apenas pela sorte que minhas amigas não foram a nenhuma balada, senão provavelmente eu teria dormido com eles.


A capital holandesa é relativamente pequena, fácil de andar. Bicicletas são vistas por todo canto, é o principal meio de transporte – embora os bondes sejam também bastante úteis. Tanto neles quanto nos metrôs ou trens não há catraca, porém ser pego sem bilhete implica em pagar 50 euros no ato. O problema é que, até eu descobrir isto, dei umas voltas na boa vontade do condutor.

Ao deixar a cidade o motorista do ônibus “lembra” aos passageiros que na Inglaterra portar quaisquer substâncias como marijuana, cocaína, êxtase é terminantemente proibido, que as autoridades aduaneiras são severas, têm cães farejadores; e encerra “aconselhando” os passageiros que porventura esqueceram alguma coisa no bolso a irem no banheiro despejar o conteúdo. Aos esquecidos, nada mais apropriado.

Pedro Mox, fotógrafo, especial para o NR

2 comentários:

Natalia disse...

aaaaaaaaahhh amsterdam é demais pedrito! Adorei!!
Sucesso!!

Bjooo

Anônimo disse...

AMSTERDAM E BEM MAIS QUE COFFEE SHOPS E RED LIGHT DISTRICT .E A CIDADE QUE TEM MAIS MUSEUS NO MUNDO ,MUITA HISTORIA ,COMO ONDE ANNE FRANK MOROU ESCONDIDA ,A CASA AINDA ESTA LA NA AREA DO JORDAN E COFFEE SHOP MANEIRO ,TEM QUE SAIR DA AREA DOS TURISTAS COMO O PIJP DIDTRICT ,MAIS RESIDENCIAL (ONDE MINHA FILHA E NETO MORAM),SO POR ISSO CONHECO BEM .TEM UMA FEIRA LIVRE TODOS OS DIAS QUE VENDE DE TUDO NA ALBERT HEIM E OUTROS LINDOS PARKS NAS AREAS MAIS RESIDENCIAIS .SE VOLTARES LA ,DA UMA CHECADA ,O MELHOR DE TUDO E QUE TODO HOLANDES FALA INGLES ,OS QUE NAO SABEM SAO OS ESTRANGEIROS QUE MORAM LA ,E O POVO E O MAIS TOLERANTE NAO SO COM A MACONHA ,MAIS SOBRE OS GAYS ,EUTANASIA ,O QUE E PRA MIM UM GRANDE PROGRESSO NUM MUNDO DE TANTA INTOLERANCIA E A MAFIA DE BRANCO VENDENDO SUAS "DROGAS" LEGAIS .

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