A máquina, um supercomputador BlueGene/L, da IBM com capacidade de 22 teraflops que em sua configuração final será capaz de processar 46 trilhões de operações por segundo, veio da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL). A propósito, quando o acordo de cooperação técnica entre os dois países foi definido, no final do ano passado, a EPFL também comunicou a criação da Cátedra em Neuroengenharia EPFL-NATAL, concedida a Miguel Nicolelis pela Fundação Família Sandoz, para assegurar o avanço e a aceleração dos estudos de moléstias neurodegenerativas em instituições de pesquisa geridas pela AASDAP no Rio Grande do Norte. Inclui-se aí o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) e os novos centros de pesquisa que vão fazer parte do Campus do Cérebro, em Macaíba, já em obras a essa altura. Nesse campus está sendo erguido o data center que abrigará a super máquina, já batizada de 14 BIS-21.
Na cerimônia de assinatura do acordo de cooperação Brasil-Suíça, na próxima segunda, Nicolelis terá a oportunidade de explicar detalhes da utilização do 14 BIS-21 no país. O neurocientista prevê múltiplos usos para o supercomputador, enquanto ele próprio se desdobra entre as atividades de professor e pesquisador na Universidade Duke, nos Estados Unidos – trabalhando na fronteira da neurociência, em especial na interface cérebro-máquina -, e as exigências da implantação de vários projetos vinculados à criação de centros de pesquisa e de educação científica integral para crianças e jovens no Brasil.
O 14 BIS-21 poderá superpor ao trabalho com dados de neurociência tarefas em
muitas outras áreas do conhecimento. Além de processar e analisar informações em tempo real da atividade elétrica, magnética e metabólica do cérebro humano, ele tem capacidade para simular e analisar modelos climáticos; realizar a análise estatística de grandes bancos de dados genômicos, proteômicos e metabolômicos; efetuar a análise geológica para prospecção de petróleo; realizar modelagem matemática em biologia molecular, genética, física de alta energia e química; e ainda pode servir para o desenvolvimento de uma plataforma computacional voltada para a educação científica.
Informações enviadas pela assessoria de Miguel Nicolelis.
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