Cartazes com frases como: “Respeito é sexy, machismo brocha” e “Sou mulher, não sex toy” eram carregados entre a cantoria e a batucada. Muita gente fotografando, filmando, registrando. Por onde passava a marcha, era possível notar olhares curiosos de pedestres, comerciantes e moradores da região.
Jovens, velh@s, homens, mulheres. Homem vestido de mulher, mulher com adesivo “periguete”, mulheres com roupas “provocantes”, mulheres com roupas mais “discretas” e protegidas do frio, ou até mesmo quase sem roupa andavam junt@s.
Mulher diz não é "pedaço de carne" |
A Marcha, que tinha como principal objetivo questionar a ideia de que vítimas de violência sexual tem culpa por serem violentadas, começou na av. Paulista e desceu a rua Augusta até a porta do clube de comédia dos CQCs Rafinha Bastos e Danilo Gentili.
“Machismo mata,
estupro não é piada”
Rumo ao Comedians, na rua Augusta. |
“A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria”, “Preste atenção, o corpo é meu, a minha roupa não é problema seu”, cantavam @s manifestantes, que, ao chegarem na porta do Comedians, emendaram “Me processa, Tas”, em referência à ameaça de processo que o apresentador Marcelo Tas fez a blogueira feminista Lola.
Ponto final: cartazes em protesto |
Um dos policiais que fazia a escolta ficou curioso como os comentários e cartazes que criticavam Rafinha Bastos e perguntou “qual deles é o Rafinha”. Depois quis saber qual tinha sido a piada. Quando contei, fez uma cara de indignação e afirmou com firmeza “Vocês têm razão”.
Já começaram a ser organizadas mais Marchas em outras cidades, como Brasília e Belo Horizonte.
Natalia Mendes é jornalista
(Imagens/Vídeo de Thiago Domenici/Natalia Mendes)
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