Atacá-las, colocá-las a seus pés, era um sonho que virou obsessão e que consumiu seis anos de sua vida.
Com a ajuda de alguns fanáticos que o ajudavam, Phillippe Petit alcançou seu objetivo no dia 7 de agosto de 1974. O equilibrista francês cruzou os 60 metros que separavam a Torre Norte da Torre Sul em um cabo de aço, a 450 metros do chão e sem qualquer equipamento de proteção.
Esteve 45 minutos suspenso no ar, desafiando a lógica, sorridente, bailando no topo do mundo.
Deitou-se no cabo, saudou o público (que da rua não via mais do que um ponto negro), fez pouco caso da polícia e por fim voltou a pisar terreno firme.
Seu ataque ao WTC não causou nenhum estrago, não feriu ninguém e deixou a todos boquiabertos.
Essa história está contada no documentário Man on Wire, de 2008, que relata de maneira magistral a façanha deste artista francês.
Décadas depois outros estrangeiros, também obcecados pelas gigantes torres, voltaram a atacá-las.
Dessa vez não houve poesia nem final feliz.
Ricardo Viel, jornalista, colunista do NR e do Purgatório. Escreve às segundas.
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