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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

sábado, 3 de abril de 2010

Sábios calcanhares

As respostas estão,
São os meus calcanhares.
Aquilo que Aquiles sofreu não dói.
O telhado de palha seca é enriquecido de esperança.
A mesma doce e pontual esperança de Aquiles.
Ele existiu?
Todo o tempo calculo o que deve ser.
Seremos o tempo dentro da caixinha de papel.
Imaginaremos o universo em doses.
Dosado de igual para igual com a pouca compreensão que nos cabe na cachola cerebral.
Desigual.
As respostas estão,
São os meus calcanhares.
O primeiro é início e não diz o porvir.
Existo?
Engatinho – sou bebe no colo do mundo.
Ando com apoio – sou, simplesmente, homem verossímil.
As palmas ecoam a sonoridade do vitorioso sem méritos.
Você existe?
Novamente o primeiro,
Primeiro parágrafo de construção confusa.
Resposta?
Calcanhares.
Aquiles não existiu.

Fredo Sidarta é poeta em construção diária no Nota de Rodapé

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