No olho roxo da imprensa, eu chorei. Porque o povo Pinheirinho que lutou lutou lutou morreu na praia e isso me dói demais. A mulher branca da televisão não tem sotaque nenhum e ela não nos representa. Agora favorável? A liberdade do Jabor me violentou: uma retumbante palavra malfeita. A desculpa lhe esfarrapou a própria cara. Passarálho! Acabou-se o monólogo. Dramaturgo ultrapassado!
No morro carioca o bilhete na porta do barraco diz “Por favor, seu policial, não invada a minha casa. A chave está na vizinha, a dona Chiquinha. Entre, sem bater.”.Ué, a favela pacificada não é graça e bunda preta!? Não, a humilhação está na UPP mais próxima de você. Salve, Jorge!
Não foi na desmemória da ditadura que pegou fogo a vila Liberdade em Porto Alegre. Desapropriação geral em nome da paixão nacional! Meu país, minha vida! Dilma, me dá um vale a pena!! Se o Brasil acordou hoje eu morri ontem, que nem o índio Terena do Mato Grosso do Sul com o grito seco na garganta: matança!
*Ana Mendes, gaúcha de nascimento, é fotógrafa e cineasta documental formada em Ciências Sociais. Mantém a coluna Faço Foto.
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