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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Ecos de vozes alheias, Eduardo Galeano

Você dizia qual será o destino da América Latina? Eu não sei, mas sei qual é o desafio. O desafio é: vamos nos converter na triste caricatura do norte? vamos ser como eles? Repetiremos os horrores da sociedade de consumo que está devorando o planeta? vamos ser violentos? Vamos crer que estamos condenados a guerra incessante? Ou vamos gerar outro mundo diferente? Esse é o desafio que temos apresentado.
Hoje somos, na verdade, caricaturas bastante tristes de modos de vida que nos impõem de fora e somos governados por sistemas de poder que cada dia nos convencem de que não há virtude maior do que a virtude do papagaio. Que não há habilidade comparável a do macaco. O papagaio, o macaco, os que imitam, os ecos de vozes alheias.
Eduardo Galeano, escritor uruguaio que publicou, entre outros, A Veias Abertas da América Latina, em entrevista aSilvio Tendler, cineasta, para o documentário Milton Santos ou: O mundo Global visto do lado de Cá

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

temos lugar no futuro?

Sábado, 9, entrevistei a professora aposentada da USP, Olgária Matos, na sua casa ao lado do metrô Santa Cruz, São Paulo. A entrevista sairá no especial que a Caros Amigos publicará sobre o tema, digamos assim, pós-humano. Pois é, um tema espinhoso, já que trata das questões que envolvem nanotecnologia, humanóides, engenharia genética, física quântica e afins. O Especial parte da pergunta inquietante, formulada por um jornalista americano em matéria sobre o livro "A Era das Máquinas espirituais", de outro gringo chamado Raymond Kurzweill: "Temos lugar no futuro?". "Nós" somos a humanidade. E a pergunta nasceu da assustadora naturalidade com que Kurzweill e a maioria dos cientistas empregados em pesquisa nanotecnológica afirmam que brevemente (eles estimam que até por perto de 2040) será possível, pelo ensaio de mini big bangs, criar substâncias semelhantes às que, através de 13,7 bilhões de anos, deram origem a toda vida animal do planeta - parte da qual evoluíu para o homem.
A parte que me coube tratar com a professora Olgária se refere ao conceito de tempo. Como a atual aceleração da sociedade cria a sensação de que não há mais tempo para nada. Na realidade, são os próprios mecanismos sociais e econômicos que necessitam dessa situação. As diferenças entre tédio e monotonia podem caracterizar formas de se relacionar com o tempo. Daí falarmos sobre as metamorfoses do tempo e o tempo na contemporaneidade. Confesso, foi um papo interessante e que fez cachoalhar a cachola.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Curiosidades do cérebro

Experimentos científicos demonstraram que, se você pega uma pessoa, e conecta seu cérebro a um determinado tomógrafo ou tecnologia computadorizada e pede que ela olhe para certo objeto, determinadas áreas do cérebro se iluminan.
Então, pediram que a mesma pessoa fechasse os olhos e imaginasse o mesmo objeto. Quando imagina aquele mesmo objeto isso faz com que as mesmas áreas do cérebro iluminem-se como se ela estivesse olhando visualmente para ele. Sendo assim, os cientistas pararam e perguntaram "então quem vê? o cérebro vê? ou olhos vêem? e o que é realidade? Realidade é o que estamos vendo com o nosso cérebro? Ou realidade é o que estamos vendo com nossos olhos?"
E a verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que ele vê em seu meio ambiente e aquilo de que ele lembra. Porque, naquele momento as mesmas redes neurônicas específicas são estimuladas.
Então, isso traz a questão: "O que é realidade?".
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