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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Haiti tem necessidades infinitas

A república negra mais antiga do mundo vive nova tragédia. Só que em vez das armas - que não fazem a cidadania - a natureza mostrou sua força descomunal com um terremoto de magnitude 7. Destruição geral e mortes. Milhares, apontam os noticiários.
Cada progresso e esperança nascidos por lá quando não são solapados por golpes de Estado ou políticas populistas que depressa aproximam comportamentos ditatoriais, são pegos pela natureza.
O termo pobre ou miséria extrema encontra respaldo prático naquele país: o mais pobre do hemisfério ocidental e, segundo alguns indicadores, um dos cinco mais pobres do mundo. 85% da sua população vive com menos de um dólar por dia; 70% da população ativa está desempregada, enquanto 1% dos seus habitantes controla metade da riqueza nacional. O Haiti é o país mais atingido pela Aids nas Américas e é rota do tráfico de droga sul-norte mais lucrativa do planeta. Ou seja, o povo, que já vive amedrontado por milícias, dominado pela chamada burguesia local e objeto de tantas intervenções estrangeiras, como bem disse nesta quarta-feira (13) o embaixador do Haiti no Brasil, Idalbert Pierre-Jean, tem necessidades infinitas. O país precisa de pessoal e equipamentos pesados para tirar corpos dos escombros, além de alimentos, remédios e vacinas. Precisa, sabemos, de muito mais.

Na imagem, Anthony Guarino, um analista sísmico do Laboratório Sismológico Caltech, em Pasadena, Califórnia, mostra o pico de 7,0 do terremoto que atingiu o Haiti (AP Photo / Damian Dovarganes).

Doações
Uma conta bancária aberta pela ONG carioca Viva Rio, que realiza projetos sociais no Haiti:(Banco do Brasil/ Agência 1769-8/ Conta: 5113-6). Ou Oxfam America, Yele Haiti Fund, a Cruz Vermelha e as Nações Unidas, organizações internacionais que permitem doações pela internet.

Thiago Domenici é jornalista

2 comentários:

Claudia disse...

Quanta dor, quanta tristeza... Por que um povo precisa sofrer tanto assim? São coisas que me custa entender.

Moriti disse...

Antes, pouca ação por parte de quem podia ajudar a melhorar a infraestrutura do Haiti e, agora, como consequência, mais desigualdade por vir. Pois um territorio que passa por tragédia de tal magnitude, sem condições estrutrais mínimas, certamente está mais sujeito a efeitos negativos.

Será que o país sofre tanto, não só com os desastres naturais, claro, porque seu povo enfrentou os colonizadores/escravagistas há muito tempo?

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