Longe de casa eu choro
e não quero nada.
(Que fora do chão ninguém quer
e não pode nada).
Sinto falta de São Paulo,
de escutar, na madrugada,
uns bordões de violões
e uma flauta chorar prata...
Dor de amor não me magoa.
A saudade da garoa é que me mata.
E eu saio pra rua,
Assobiando comprido
um samba comovido
que Silvio Caldas cantasse
(e me iludo que a garoa
vem molhar a minha face....
Mas é pranto.
E eu choro tanto...)
Quem me dera que hoje mesmo
eu voltasse pro chão que eu adoro.
Pois longe de casa eu choro
e não quero nada.
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