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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Matam até a ajuda humanitária

O Exército de Israel atacou o comboio de ajuda humanitária da ONU durante as três horas de cessar-fogo humanitário (o que pelas estatísticas, como publiquei no post anterior, pouparia 7,2 vidas). Os caminhões das Nações Unidas viajavam para buscar suprimentos quando foram atingidos por morteiros. Mais gente morreu, incluindo os motoristas do comboio. As operações foram interrompidas até que se tenha segurança. Eles matam até a ajuda humanitária. O que são? Quem são?
Já o Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que Israel não está cumprindo sua obrigação de ajudar civis feridos pelos ataques. Uma equipe médica disse ter encontrado pelo menos 12 corpos em uma casa destruída por bombardeios em Zeitun, ao sul da Cidade de Gaza. Junto aos cadáveres, de acordo com a Cruz Vermelha, estavam quatro crianças apavoradas, muito fracas para conseguir levantar, sentadas ao lado dos corpo de suas mães. "O Exército de Israel deve ter tomado conhecimento da situação, mas não prestou assitência aos feridos", disse o chefe de operãções da Cruz Vermelha para Israel e territórios palestinos, Pierre Wettach. "E também não permitiu que nós e as equipes do Crescente Vermelho levassemos auxílio aos feridos", acrescentou.
Além de assassinar civis o governo de Israel impede a ajuda aos feridos e a cobertura da imprensa. Quantos crimes internacionais Israel comete por dia? De assassinatos e omissão de socorro a censura da liberdade de informação. Quantos crimes ainda serão cometidos antes que isso pare? Como afirmou o companheiro Guilherme Scalzilli em seu blog, "Todos sabem como resolver os conflitos territoriais palestinos; há dezenas de propostas, capazes de apaziguar todos os ânimos. Mas ninguém quer a paz. Absolutamente ninguém." Os interesses políticos, econômicos, religiosos e um monte de merdas vem na frente do direito a vida. A Declaração Universal dos Direitos Humanos mal completou 60 anos e já tomou um murro na cara. A sangria continua e a imprensão que tenho é que ninguém tem o poder - a não ser os próprios imbecis que planejaram isso tudo - de fazer parar.

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