Informação da Folha de S.Paulo (em 1 de abril) dava conta de que no Rio de Janeiro, a justiça condenou um colégio a indenizar em 35 mil reais uma ex-aluna por bullying. Os pais da menina, “Ellen Bionconi e Rubens Affonso entraram com ação contra a escola afirmando que, desde 2003 sua filha sofria agressões físicas e verbais por parte de colegas da escola. Na época, segundo os pais, a menina de 7 anos chegou a ser espetada na cabeça por um lápis, ser xingada, arrastada e arranhada, além de levar socos, chutes e gritos no ouvido. Em virtude do bullying, a criança ficou com medo de ir à escola, passou a ter insônia, terror noturno e sintomas como enxaqueca e dores abdominais, tendo que tomar antidepressivos e mudar de escola”, diz a notícia.
Reportagem de Juliana Sassi
com ilustração de Caco Bressane
Em março a Retrato do Brasil publicou uma reportagem sobre o tema, no texto de Juliana Sassi, com o título: "Bullying, numa escola perto de você". Lá ela explica - após ouvir vários especialistas, estudiosos e vítimas - que o problema, apesar de estar na pauta do dia, é muito mais antigo do que parece. No entanto, por aqui, as primeiras pesquisas a respeito são do ano passado. Uma definição do problema, segundo a reportagem de Juliana (que disponibilizo na íntegra em PDF aqui) afirma o seguinte: “As particularidades desse tipo de violência consistem na repetição das atitudes hostis contra uma mesma pessoa, ou grupo de indivíduos, por um determinado período de tempo, sem que haja motivo aparente, no desequilíbrio de poder entre as partes; as ações são premeditadas e causam, necessariamente, prejuízos morais, emocionais, materiais, ou físicos ao agredido.” Para saber mais a respeito, sugiro a leitura do texto.
Ainda no caso da indenização que colégio carioca terá de pagar, salutar a decisão da justiça que responsabilizou a escola, já que na ausêndia dos pais, “ela detém o dever de manutenção da integridade física e psíquica dos alunos.” Eis uma boa discussão, já que em alguns casos, sem haver a necessária intervenção, pessoas que sofrem a violência podem até cometer suicídio.
Faz algumas semanas, virou manchete mundial o caso do garoto australiano, Casey Heynes, que sofria bullying e reagiu a agressão de um colega. O vídeo virou uma febre na internet, levantou novamente a discussão, mas muita porcaria saiu a respeito do tema, uma realidade de muitas pessoas.
(Thiago Domenici, jornalista)
Um comentário:
Anônimo
disse...
Muito bom o texto de vocês. Coloquei um link para ele no meu blog.
Parabéns.
Regis Mesquita - http://www.psicologiaracional.com.br/
Um comentário:
Muito bom o texto de vocês. Coloquei um link para ele no meu blog.
Parabéns.
Regis Mesquita - http://www.psicologiaracional.com.br/
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