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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

USP: uma clipagem "alternativa"

Antes de sair por aí postando bobagens, fazendo trocadilhos medíocres e reduzindo questões importantes a palavrões, palavras de ordem e adjetivos que desqualificam o outro seria bom, independentemente da sua posição ideológica ou política, ler e se informar mais, antes de concluir um julgamento.

Um jornalista experiente, com grande bagagem, nesse episódio uspiano, escorregou feio. Simplesmente opinou a versão do senso comum. Outros, como sempre, simplesmente ignoraram os fatos.

Interessa, pra mim, que você, caro leitor, não engula qualquer informação e a tome como verdade. Se tem uma coisa importante no jornalismo é saber o que se lê e onde se lê. E desconfiar sempre, acredite, não é demérito nenhum.

Por isso, coloco para vocês alguns textos de colunistas de jornais que acho que tem uma visão menos maniqueísta dos recentes fatos na USP.

E faço uma clipagem de textos “gerais” que, por falta de penetração de massa, não chega a você pelos veículos tradicionais que, infelizmente, na pressa, pressão e afins publicam uma informação desvirtuada.

E um fato mal apurado leva a conclusões precipitadas.

Espero que as leituras abaixo, diante das que você já leu, ouviu e viu, te ajude a fortalecer sua análise critica.

Boa leitura.

Para os meninos da USP, texto de Jotabê Medeiros, repórter de Cultura do Estadão.
Desabafo de quem estava lá, por Shayene Metri, Jornal do Campus
Nota de esclarecimento sobre a assembleia geral dos estudantes de 01 de Novembro
Vagabundos, baderneiros, maconheiros, irresponsáveis... incompetentes?, por Daniel Gorte-Dalmoro
Campus da USP, quem ganhou e quem perdeu, por Walter Maierovicht, no Terra Magazine
Muito além da polêmica sobre a presença ou não da PM no campus da USP, por Raquel Rolnik
Geração Mascarada, por Marcelo Rubens Paiva
Nota sobre a tropa de choque na USP e a prisão de 70 estudantes
Tributo a festa da Nokia, do blog Godod não virá
Relato sobre a ação policial na USP no dia 8 de novembro de 2011, do blog Boteco da Bete
O longo caminho da truculência e seu mais recente capítulo na USP, por Luka Franca, do blog Bidê Brasil
Eu penso. E você? do blog o Sexo e as Mulheres 
Relato - Desocupação da Reitoria e Prisão Política, do Blog Notícias da Merda Fóssil
A PM e a USP: onde estão as fronteiras que separam a universidade da sociedade? por Blogueiras Feministas
A pauta da ocupação por Guilherme Scalzilli
O longo dia de ontem na USP e a desocupação pela manhã, por Igor Carvalho, Revista Fórum
Uma aula de crise, Por Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa
Esclarecendo o caso USP (pra quem vê de fora), por Jannerson Xavier, no Facebook
Pronunciamento oficial da Atlética FFLCH sobre os acontecimentos recentes na USP, no Facebook
ECA: Moção de repúdio a cobertura da imprensa sobre o movimento estudantil
Ocupação da USP, uma questão de legitimidade, por Raphael Tsavkko Garcia, no site Almálgama
A face autoritária do reitor da USP, por Ana Paula Salviatti, Blog Coletivo Outras Palavras
Nota de pesquisadores da Universidade de São Paulo sobre a recente crise da USP
USP: autonomia seletiva, por Leonardo Caderoni e Pedro Charbel, no blog do Juca Kfouri
Conflito da USP é maior do que maconha, por Marcelo Semer, Terra Magazine
Pensar a USP, Vladimir Safatle, na Folha de S. Paulo

Thiago Domenici com colaboração de Natalia Mendes

5 comentários:

Anônimo disse...

Acompanhei estarrecido à cobertura jornalística (...?!) da rede Globo e como num “déjà vu”, pareceu-me estar revivendo a ditadura, com as inúmeras violações à Dignidade da Pessoa Humana sendo mostradas sem qualquer constrangimento ou considerações críticas por parte da emissora. A Dignidade da Pessoa Humana é fundamento de Estado Democrático de Direito, ou pelo menos era (art. 1º, inc. III da CF.), e a Globo, como em tantas outras vezes, ignora completamente isso quando lhe convém. Foi revoltante ver o governador Alckmin falando de democracia de forma tão cínica, pois é claro que ele deve ter aprendido na escola lá em Pindamonhangaba que as democracias modernas são resultado de lutas, muitas vezes sangrentas, e não de dádivas de governantes como ele, que confunde Estado Democrático de Direito com Estado de Direito. A China é um Estado de Direito, e por isso lembramos bem o que aconteceu na Praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989. A Alemanha nazista era um Estado de Direito. E para piorar um pouco mais, temos no judiciário de São Paulo alguns adeptos ferrenhos da “Doutrina da Lei e da Ordem”. Bem, sobre a Polícia Militar nada a ser acrescentado uma vez que são treinados para combater o “inimigo”, pela própria ideologia militar. Lembro-me então de uma passagem citada por Jerome Kohn na introdução do livro “Responsabilidade e Julgamento” de Hannah Arendt: Os alunos da New School haviam ocupado as salas de aula para protestar contra a guerra, e o corpo docente reunira-se para decidir se a polícia deveria ser chamada para restaurar a ordem; Hannah, que estivera em silêncio durante toda a reunião, reagiu quando um de seus amigos disse de forma relutante que a polícia deveria pelo menos ser informada; disse ela, “Pelo amor de Deus, são estudantes, e não criminosos”. Aqueles alunos da USP que foram levados pela briosa não tiveram respeitados nem os direitos básicos de um preso, como por exemplo, o que é garantido pelo inciso XLIX do art. 5º da CF., onde diz que “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”: A Globo fez questão de mostrar um PM obrigando um dos alunos a mostrar o rosto para as câmeras. A lei e a ordem foram restabelecidas e o governador está satisfeito. Vivas ao governador, vivas ao judiciário de São Paulo, vivas à briosa PM.

Ana Florice disse...

Parabéns pela iniciativa! muito útil!

Thiago Domenici disse...

Obrigado, Ana Florice. A ideia é justamente ser útil com essa clipagem. Volte sempre! Abs.

Rafaela Carvalho disse...

Obrigada. Simplesmente obrigada.

Thiago Domenici disse...

De nada Rafaela, volte! Abs.

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