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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Haiti: não finja que não viu

É o seguinte: você que vai jogar na mega-sena, comprar um livro ou um maço de cigarros, você que gasta sua grana com cinema, teatro, no shopping, no fastfood. Você que toma sua cervejinha, come seu petisco, joga seu baralho, vai ver seu time no estádio. Você, dona de casa ou maridão que estão planejando ir a pizzaria ou viajar, faço a seguinte e respeitosa proposta. Que tal uma ajuda mínima ao Haiti? Aos outros “vocês” – milhares - tumultua sua empresa, casa, arrecada uma grana e vamos depositar para quem realmente precisa. Pensa só no Brasil. Se cada um doasse 1 real seriam 190 milhões, aproximadamente, em teoria. E aí, 10, 20, 30 reais? Que tal? E que tal o Criança Esperança fazer uma edição especial Haiti? Hem, Globo?
O sentido da solidariedade deve ser exercido sempre. Mas existem momentos em que ele grita mais alto como agora. Na crise econômica bilhões foram levantados em dias. Numa catástrofe como a do Haiti a coisa vai a conta gotas. É a realidade, infelizmente. A economia fala mais alto que a necessidade humana. Mas deixa pra lá. Cada um tem uma forma de pensar, eu sei, mas é cruel assistir um povo nocauteado, prostrado, morrendo e a gente, deste lado, agir no dia a dia como se nada acontecesse. Não finja que não viu. Lá no Haiti tudo falta - água, alimentos, assistência médica. É um país destruido e que perdeu sua memória. E o povo sofre demais há muitos anos. Agora, sofre novamente a perda dos amigos, parentes, filhos... E o sofrimento é uma merda, você sabe. Não dá para não ajudar com o mínimo possível!
Aos estudantes de todo o Brasil aproveitem o início das aulas e os famosos trotes solidários, aqueles que não usam de violência, obviamente, como o pedágio onde o estudante fica no farol pedindo um troco pra encher a cara depois. Em vez disso, porque não mandar para o Haiti? Fica a sugestão. Em vez de lamentações e discursos, vamos a uma ação mais prática. Se souberem de outras formas de doações deixem nos comentários da postagem. Divulgem, se assim quiserem e puderem.

Como doar

Comida
A doação de alimentos e água engarrafada vai ser coordenada pela Defesa Civil. De acordo com o governo, alimentos prontos para o consumo são prioridade. Todas as unidades da defesa civil, inclusive as estaduais e municipais, estão preparadas para receber as doações. O site para informações é www.defesacivil.gov.br

Remédios
No caso da doação de medicamentos e oferta de serviços médicos, a coordenação está com Ministério da Saúde. O telefone de contato é 192 e o e-mail é missaodeajudasamu192@saude.gov.br

Serviços
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) vai coordenar a oferta de outros serviços. Os contatos com o GSI podem ser feitos pelo telefone (61) 3411-1297 e pelo e-mail saei@planalto.gov.br

Dinheiro
O Banco do Brasil abriu conta corrente administrada pela Embaixada do Haiti no Brasil. De onde estiver – norte, sul, leste, oeste, no exterior – faça sua doação.
- SOS Haiti / Agência: 1606-3 / Banco: Banco do Brasil / Conta corrente: 91.000-7
- ONG Viva Rio: Rua do Russel, 76, Glória, Rio de Janeiro. A ONG está aberta todos os dias, das 9h às 18h. Para doações em dinheiro, anote: Viva Rio Doações / Agência: 1769-8 / Conta: 5113-6 / Banco: Banco do Brasil / CNPJ: 00343941/0001-28.
- Também é possível fazer doações às vítimas pela internet no site da organização ActionAid. Por telefone, o contato deve ser feito no 0330-100-0300.
- Comitê Internacional da Cruz Vermelha: Banco: HSBC. Agência: 1276 Conta Corrente: 14526-84 CNPJ: 04359688/0001-51

- Cáritas e CNBB: Banco do Brasil, agência 3475-4, conta corrente 23969-0; na Caixa Econômica Federal, agência 0647, Operação 003, conta corrente 600-1, e no Bradesco agência 1041, conta corrente 1132-1.

2 comentários:

Moriti disse...

Não à indiferença! Não encaremos este fato como mais uma paisagem ou como uma "tragédia dos outros" exibida e superexplorada por muitos meios de comunicação!

Thiago Domenici disse...

É morita, aí é que está. Será que dá? Será que vai? Abraço, valeu a troca aqui nos comentários, Thiago

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