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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Nem pato, nem ganso

Brazil, zil, zil, zil!...

Vem aí o Febeapá do futebol, o grande festival de besteiras que assola o país: Galvão Bueno, Arnaldo Cesar Coelho, Neto, Luciano do Vale, Milton Neves e outros menos votados...

Vem aí a enxurrada de lugares comuns de um nacionalismo tacanho e minúsculo que coloca a inteligência na marca do pênalti e distribui cartões vermelhos para quem se recusa a ser vaca de presépio ou ter opinião própria sobre as coisas, sobre a vida.

O nacionalismo mercenário que se confunde com grandes marcas transnacionais de artigos esportivos, bancos, bebidas, televisores, celulares e automóveis.

A seleção de Dunga não é unanimidade nacional, mas toda unanimidade é burra, já dizia Nelson Rodrigues.

“O Brasil em chuteiras!”... “O melhor futebol do mundo!”

O Brasil é isso, o Brasil é aquilo...

E o Ronaldinho Gaúcho? E o Adriano? E o Neymar?E o Pato? E o Ganso?

O BRASIL É ISSO: NEM PEIXE, NEM CARNE, OU MELHOR, NEM PATO, NEM GANSO...


Izaías Almada é escritor, dramaturgo, roteirista e colunista do Nota de Rodapé.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Izaías, é hora de deixarmos o senso crítico de lado. Afinal, somos todos Brahmeiros, vestimos a camisa da nike (que custa 229 reais, mas é feita a menos de 10 dólares na Indonésia) e empurramos os 23 escolhidos de mestre Dunga. Não sabemos cantar o hino, mas somos patriotas quando a amarelinha entra em campo. Pq, por fim, patriotismo é torcer para Felipe Melo, Gilberto Silva e Julio Baptista, ou não é?

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