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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Robinho, @ cara do Brasil na Copa

Robinho disse que quer ser “o cara” da Copa. Daqui a um mês saberemos se conseguiu. Mas o que já podemos decretar é que Robinho é a cara do Brasil no Mundial da África do Sul.
É só olhar as publicidades. Carro, comida, eletrônicos, marca esportiva, desodorante... O atacante do Santos vende de tudo.
É, sem dúvida, a figura número 1 em publicidade na seleção brasileira.
Na bola, não é, nem de longe, o jogador mais importante de Dunga. Kaká é rainha do tabuleiro do treinador. Logo vêm Júlio César, Lúcio, Luís Fabiano, Maicon....
Mas Robinho é, com certeza, o mais carismático de todos. Kaká, o astro do time, é certinho demais. Casou virgem, é evangélico e não sabe sambar. Além disso, joga na Espanha e não tem feito gols. O “Rei das Pedaladas” joga ali na Baixada, balança as redes a miúde e dança como um carioca.
Vai bem na frente das câmeras, está sempre sorrindo e fazendo piadinha. Aos 26, aprendeu que o marketing é tão importante na carreira de um jogador como os dribles e gols.
Robinho conseguiu conquistar a confiança de Dunga e se garantir no time antes mesmo de voltar a jogar bem. Aliás, desde a Copa de 2006, quando foi reserva, o camisa 7 do Santos joga menos do que dele se espera. Mas, pelo menos na seleção, não compromete.
No Santos, e com a imensa ajuda de Ganso e Neymar, o atacante recuperou a alegria e o bom futebol. Chega bem para o Mundial e tem a sorte de pegar um grupo sem grandes estrelas. Não vai precisar brigar com ninguém para ser o centro das atenções. Tem tudo para brilhar e voltar para o Brasil na janelinha do avião, tal qual Romário em 1994.
E se der errado, Robinho pode ficar tranquilo. Os responsáveis já estão identificados desde já. Dunga, no primeiro posto, e logo Felipe Melo e Kaká serão as vidraças. O santista só tem que tomar cuidado para não acabar levando uma pedrada de graça. Mas ginga e velocidade ele já mostrou que tem.

O carisma do atacante em vídeo

Aqui, repórteres argentinos, cansados da lei do silêncio imposta por Maradona, foram ao treino da seleção na África do Sul. No final da entrevista, pediram um “saludo” a Robinho. E ganharam um “Qué pasa, boludo. Todo bien?”
Neste, o garoto-propaganda desafia, junto com os meninos da Vila, Beyoncé (que quando veio ao Brasil não viu Puerto Candelária, e deve se arrepender até hoje)


Making off da dancinha


Robinho também faz propaganda de chuteira


Vende TV e celular


E até desodorante (comercial internacional)


Ricardo Viel é jornalista e colunista do Nota de Rodapé

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