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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Turismo Médico é filão de negócios em exploração crescente no Brasil

Turismo Médico é quando um cidadão, por exemplo, dos EUA, vem a um hospital de ponta em São Paulo realizar um check-up ou fazer tratamentos dentários, oftalmológicos, cardíacos etc e ainda curtir a cidade como manda o roteiro de um verdadeiro turista. E tudo isso pagando muito menos do que em seu país. E com a colaboração de agências de viagens especializadas nesse tipo de serviço. Se você resolver colocar silicone nos seios nos EUA vai pagar, em média, 16 mil reais enquanto aqui no Brasil, pagaria menos da metade desse valor. Se um Alemão, em outro exemplo, resolve reduzir o estômago vai gastar por aqui pouco mais de 13 mil (oito mil a menos que no seu país).
Entre 2012 e 2015, a Organização Mundial de Turismo (OMT), projetou uma movimentação na casa de 60 bilhões de dólares. A Tailândia, líder nesse setor, fatura 500 milhões de dólares por ano com o turismo médico (ainda segundo a OMT). Outros países muito procurados são Cingapura e Índia. Os indianos, inclusive, concedem visto especial de um ano para os "turistas-pacientes".
Por aqui, segundo o Ministério do Turismo, 180 mil estrangeiros vieram buscar tratamento médico nos últimos anos. Se levarmos em conta que nos EUA o seguro saúde é uma “bica”, usando uma gíria, o viagem se torna atraente, principalmente, pelo preço aliado a qualidade dos hospitais particulares do país (a maioria em São Paulo).
A cidade, aliás, recebe em agosto (entre 25 e 28) o primeiro encontro para desenvolver o Turismo Médico. O evento, foi batizado de Medical Travel Meeting Brasil e vai apresentar os hospitais brasileiros com certificações internacionais para planos de saúde e de seguros estrangeiros. A cidade recebe 11,5 milhões de turistas por ano e em 2009 foram 900 mil pessoas realizando algum tipo de tratamento médico ou estético.
Alguns hospitais da cidade como o Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Samaritano e HCor foram acreditados pela Joint Comission International, importante certificadora mundial e têm até setores e equipes especiais para receber os estrangeiros. Esse filão é mais um negócio em crescimento. A globalização ocorre em todas as áreas, não sei, sinceramente, se felizmente. Vamos perguntar aos que ficam nas filas do SUS?

Thiago Domenici é jornalista

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