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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

domingo, 17 de junho de 2012

Watergate, 40 anos

Os repórteres Carl e Bob
Talvez o maior caso do jornalismo norte-americano. A espionagem empreendida pelo partido Republicado do então presidente Richard Nixon contra o partido Democrata era denunciado há exatos quatro décadas - 17 de junho de 1972 - pelos jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward, do The Washington Post.

Houve um assalto à sede do Comitê Nacional Democrata, no chamado Complexo Watergate. Ali, durante a campanha eleitoral de 1972, cinco pessoas foram detidas quando tentavam fotografar documentos e instalar escutas no escritório do Partido Democrata. O escândalo e seus desdobramentos culminaram com a renúncia de Nixon em agosto de 1974.

O famosa fonte dos repórteres (ficaram 26 meses debruçados sobre o tema) conhecida por muito tempo apenas como Garganta profunda (Deep Throat) foi quem revelou que o presidente sabia das operações ilegais. Em 2005, 32 anos depois da série de reportagens, os dois confirmaram que W. Mark Felt era a fonte – Felt havia dado pouco antes entrevista a revista Vanity Fair dizendo ser ele o Garganta Profunda. À época, Felt era o número dois do FBI. Felt faleceu em 2008.

A renúncia de Nixon na TV
Em recente artigo de opinião no Post em razão dos 40 anos do Watergate, Carl e Bob afirmaram que Nixon era “muito pior do que eles pensavam”. Escreveram, por exemplo, que o “estilo de vida” durante sua presidência era usar métodos de espionagem e sabotagem política. Uma dura critica que diz ainda que durante seus cinco anos e meio a frente do país – iniciada em 1969 – foi empreendida com cinco guerras sucessivas: “contra a oposição a guerra do Vietnã, contra os meios de informação, contra os Democratas, o sistema de justiça e contra a história”.

Thiago Domenici, jornalista

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