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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Caca de nariz com café

Bem, o que dizer do primeiro-ministro da Itália e dono do Milan Silvio Berlusconi...

Ahmadinejad na ONU

Discurso do líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad, no qual ele qualificou Israel de “racista” e voltou a questionar o Holocausto. “Uma conferência sobre tolerância não pode ser um palco para fomentar a intolerância, nem para diminuir o sofrimento do passado”, disse a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo. No vídeo, os bastidores do momento em que o líder Iraniano fala e é questionado, ora com a ausência de outros líderes que se retiram e com o protesto de manifestantes. Pelo menos 229 pessoas foram expulsas da ONU, quase todos membros de ONGs judaicas que tentaram interromper o discurso de Ahmadinejad.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O riso

Aquele riso foi o canto célebre
Da primeira estrela, em vão.
Milagre de primavera intacta
No sepulcro de neve
Rosa aberta ao vento, breve
Muito breve...

Não, aquele riso foi o canto célebre
Alta melodia imóvel
Gorjeio de fonte núbil
Apenas brotada, na treva...
Fonte de lábios (hora
Extremamente mágica do silêncio das aves).

Oh, música entre pétalas
Não afugentes meu amor!
Mistério maior é o sono
Se de súbito não se ouve o riso na noite.

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Temporários, Globo e Abril

Professores à deriva
por Thiago Domenici

Quase metade dos profissionais do estado de São Paulo tem contrato “temporário”, alguns há décadas. Em situação precária e com direitos reduzidos, vivem como nômades, sem saber se estarão na mesma escola no ano seguinte

“Cada vez que saía de casa, eu pensava: não é possível ter de ir para esse lugar de novo.” Maria Cristina, 40 anos, única que permitiu revelar seu nome e seu rosto nesta reportagem, refere-se à escola estadual em que deu aula na periferia de Campinas, em 2007: “Tive vontade de desistir de tudo. Desilusão, violência, falta de futuro total”, diz a professora, que faz parte de uma leva de milhares de educadores temporários, um problema educacional e trabalhista que insiste em ser crônico. (...)

Globo e Abril agradecem
Desde 2007, contratos da Fundação Roberto Marinho (ligada à Editora Globo) e da Fundação Victor Civita (editoras Abril, Scipione e Ática) com a Secretaria da Educação de São Paulo têm crescido vultosamente. Os dados são do Sistema de Acompanhamento da Execução Orçamentária de São Paulo, da Assembleia Legislativa. No caso do grupo Abril, houve um salto de R$ 526 mil, em 2007, para R$ 11,5 milhões, em 2008. Até março de 2009 os valores estavam próximos dos R$ 2,5 milhões. Os principais produtos adquiridos pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação, subordinada à secretaria, foram as revistas Nova Escola e Recreio e o Guia do Estudante – Atualidades Vestibular. (...)

Veja a matéria completa no site: http://www.revistadobrasil.net

sábado, 18 de abril de 2009

72 horas

72 horas, eis o tempo necessário para viver experiências inesquecíveis. Descobrir que um assalto pode revelar mais que dor de cabeça e falta de segurança pública e que, nos dias de maior tristeza, os amigos são a salvação e inspiração pra seguir em frente. No fim, a festa é da vida. Essa precisa ser sempre celebrada!

Uma pitada de Vinícius de Moraes, pra alegrar os corações e celebrar os amigos!

sábado, 11 de abril de 2009

Crônica da Cidade do México

Meio século depois de superman ter nascido em Nova Iorque, Superbarrio anda pelas ruas e telhados do méxico. O prestigioso norte-americano de aço, símbolo universal do poder, vive numa cidade chamada metrópolis. Superbarrio, um mexicano qualquer de carne e osso, herói dos pobres, vive num subúrbio chamado Nezahualcóyotl.
Superbarrio tem barriga e pernas tortas. Usa máscara vermelha e capa amarela. Não luta contra múmias, fantasmas ou vampiros. Numa ponta da cidade enfrenta a polícia e salva uns mortos de fome de serem despejados; na outra ponta, ao mesmo tempo, encabeça uma manifestação em defesa dos direitos da mulher ou contra o envenenamento do ar; e no centro, enquanto isso, invade o Congresso Nacional e dispara um discurso denunciando as porcarias do governo.

p. 124, Livro dos Abraços, Eduardo Galeano, L&M

toque de rodapé: estudo do Ipea revela que o sistema bancário do Brasil contribui para a exclusão social.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Casa própria

Meu xará jornalista, Thiago Barbieri, me escreve dizendo que ganhou o V Prêmio Abecip de Jornalismo, não só ele, mas toda a turma que produziu a série de reportagens de TV sobre a casa própria. A série pode ser vista no youtube, são cinco programas: financiamento, consórcio, em busca do sonho, sonho que vira pesadelo e conquista que traz qualidade de vida.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Contratando um jogador?

Silvio Berlusconi estaria contratando um jogador ao deixar a chanceler alemã Angela Merkel plantada esperando ele falar ao celular? Reparem no jeitão desconcertado dos acompanhantes de Berlusconi e no jeito sem graça de Angela ao esperá-lo.

domingo, 5 de abril de 2009

Professores à deriva

A matéria sobre os professores temporários do Estado de São Paulo que fiz está nas bancas. O título é "Professores à deriva". Pode se ter uma idéia de toda a edição 34 no site www.revistadobrasil.net

Logo que puder, vou publicá-la aqui no blog.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

ABC do preguiçoso

Música regional brasileira, ABC do preguiçoso, de Xangai, eita coisa boa de ouvir! Coloquei a letra pra facilitar o "intindimento" da letra.




Ai d'Eu Sodade
Marido se alevanta e vai armá um mundé
prá pegá u'a paca gorda
prá nós fazê um sarapaté 
Aruera é pau pesado, nué minha véa 
cai e machuca meu pé 
e ai d'eu sodade 
Intonce marido se alevanta e vai na casa da tua vó 
buscá a ispingarda dela 
procê caçá um mocó 
só que no lajedo tem cobra braba, nué minha véa
me morde e fica pió 
e ai d'eu sodade 
Marido se alevanta e vai caçá u'a siriema 
nois come a carne dela 
e faiz u'a bassora das pena 
quem me dera tá agora, nué minha véa nos
braço d'uma roxa morena 
e ai d'eu sodade 
Sujeito se alevanta e vai na casa do venderão
comprá u'a carne gorda 
prá nois cumê um pirão 
é que eu num tenho mais dinhero, nué minha véa 
fiado num compro não 
e ai d'eu sodade 
Marido se alevanta e vai na venda do venderin 
comprar déis metro de chita 
pra fazê ropa pros nossos fiin 
aí dent'o tem um cochão véi, nué minha véa 
dismancha e faiz u'as carça prá mim 
e ai d'eu sodade 
Disgramado te alevanta dexa di cê priguiçoso
o home qui num trabaia
num pode cumê gostoso
é que trabaiá é muito bom, nué minha véa
mais é um poco arriscoso
e ai d'eu sodade 
Marido te alevanta e vem tomá um mingau
qui é prá criá sustança
prá nois fazê um calamengau
brincadeira de manhã cedo, nué minha véa
arrisca quebrá o pau
e ai d'eu sodade 
Marido seu disgraçado tu ai de morrê
cachorro ai de ti latí
e urubú ai de ti cumê
se eu soubesse disso tudo, nué minha véa
eu num casava cum ocê
e ai d'eu sodade

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Celebração das contradições

Desamarrar as vozes, dessonhar os sonhos: escrevo querendo revelar o real maravilhoso, e descubro o real maravilhoso no exato centro do real horroroso da América.
Nestas terras, a cabeça do deus Elegguá leva a morte na nuca e a vida na cara. Cada promessa é uma ameaça; cada perda, um encontro. Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas, as certezas. Os sonhos anunciam outra realidade possível, e os delírios, outra razão.
Somos, enfim, o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é um peça de museu, quietinha na vitrine, mas a sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia.
Nessa fé, fugitiva, eu creio. Para mim, é a única fé digna de confiança, porque é parecida com o bicho humano, fodido mas sagrado, é à louca aventura de viver no mundo.
Eduardo Galeano, O Livro dos Abraços, pg. 123, L&M

Registro histórico 1: Há 45 anos, no primeiro de abril, acontecia o Golpe Militar.

Registro histórico 2: Hoje soube que Gabo parou de escrever, aposentou-se. Deixou um legado de mais de 40 livros.

Pra reflexão, de Darcy Ribeiro: “Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado pelas causas que comovem. Elas são muitas, demais: A salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade, somei mais fracassos do que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que venceram nessas batalhas”.

Vejam Che, O Argentino. De arrepiar. Benecio del Toro está incrível na atuação e na semelhança. No último mês ótimos filmes vieram pra telona, indiquei alguns por aqui. Pena o ingresso ser tão caro e o brasileiro ter restrito seu acesso, obviamente, por falta de condições financeiras. Aí reclamam quando o estudante (ou o falso) forja a carteira da meia entrada.


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