Os leitores cadastrados no “Boletim Rodapé” ou os que deixarem nome, cidade e e-mail nos comentários da postagem concorrem no dia 21 de março a três exemplares autografados do livro Teatro de Arena – uma estética de resistência, do escritor e colaborador do Nota de Rodapé, Izaías Almada, que mandou o seguinte recado.
“Foi um duplo prazer escrever sobre o Teatro de Arena, onde trabalhei por cinco anos. Primeiro por poder falar de um dos grupos mais representativos do teatro paulista e brasileiro no século 20 e depois por ser o livro integrante de uma coletânea de textos sobre São Paulo de inegável relevância histórica e sociológica: a coleção PAULICEIA , da Boitempo Editorial”.
Cadastre-se AQUI.O livro Teatro de Arena – Uma estética da resistência
Acesse o site da Boitempo Editorial AQUI.
“Um dos momentos mais criativos da cultura brasileira, o final dos anos 1950 e início dos 60 deixou na memória coletiva muito mais a Bossa Nova e o Cinema Novo do que o teatro. Mas naqueles anos em que emergiam para a vida política e cultural novas gerações de estudantes e de trabalhadores, o teatro desempenhou um papel tão importante quanto a música e o cinema. Até o surgimento do Arena, a tendência dominante no teatro brasileiro era o rigor formal, quase solene, da mesma forma que a política era coisa de adultos. Foi através de Glauber, Tom, Guarnieri, José Renato e Boal, entre tantos outros que faziam teatro com o vigor de quem busca transformar o mundo, que esse círculo estreito foi rompido e novas dimensões do Brasil foram reveladas pela arte aberta aos sentimentos populares. Rompendo o fosso entre atores e espectadores, na arena do teatro da rua Teodoro Baima aprendia-se concretamente o que dizia Brecht sobre a relação entre arte e revolução, entre política e cultura, entre música e teatro. De Eles não usam black-tie a Arena conta Zumbi, de Chapetuba Futebol Clube a Arena conta Tiradentes, o público era convidado a compreender e a protagonizar a história brasileira. Esses vínculos essenciais só foram rompidos, à força de baionetas, pela ditadura militar. Neste livro, Izaías Almada – ele mesmo personagem dessa aventura de liberdade e de criação – recolhe a história e o sentido daquele período, cinquenta anos depois, por meio de relatos e análises que ajudam a inserir definitivamente o Teatro de Arena no imaginário de São Paulo e do Brasil do século 21. Izaías reúne testemunhos de Décio de Almeida Prado (uma das últimas entrevistas concedidas em vida), Guarnieri, Boal, Vera Gertel, Marilia Medalha, Chico de Assis, Antonio Fagundes e outros para falar de um teatro que deu voz ao autor brasileiro, introduziu a luta de classes como temática, inovou não apenas na encenação e na dramaturgia, mas fundou um jeito brasileiro de representar, como nação independente, como povo a organizar o seu futuro.”
Sobre o autor
Izaías Almada, mineiro de Belo Horizonte, escritor, dramaturgo, roteirista é colunista do Nota de Rodapé e autor dos romances A metade arrancada de mim, O medo por trás das janelas , Florão da América e Venezuela, Povo e Forças Armadas. Publicou ainda dois livros de contos, Memórias emotivas e O vidente da Rua 46. Como ator, trabalhou no Teatro de Arena entre 1965 e 1968.
Um comentário:
Eu achei interessante a temática do livro. Torço para ser um dos sorteados. A propósito o nota de rodapé está muito bacana. Continue...
Gabriel E. C.
Viçosa-MG
Email: gabrielgeo7@yahoo.com.br
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