.

.
30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Argentina dá um passo exemplar

Já publicamos aqui no NR sobre o documentário Do Horror à Memória, sobre a Escola de Mecânica Armada (Esma), da Marinha, o maior centro clandestino de detenção da ditadura argentina, pelo qual, estima-se, tenham passado cerca de 5 mil presos políticos.

Na quarta-feira, a justiça de lá condenou à prisão perpétua o ex-capitão Alfredo Astiz e outros 11 militares, considerados culpados em casos de sequestros, torturas e outros crimes, cometidos na Esma, durante a ditadura militar no país entre 1976 e 1983.

O meu amigo Diogo Ruic (que já colaborou algum tempo aqui no NR) é um dos co-autores do premiado documentário. Vale ser visto para entender melhor o que se passou no período. Na decisão da justiça argentina, muito comemorada pelos familiares dos desaparecidos políticos, Astiz, conhecido como “o anjo loiro da morte”, era quem comandava a Esma.

Entre os demais 11 militares condenados destaca-se o ex-capitão de corveta Jorge “Tigre” Acosta, que teria sido um dos criadores dos “voos da morte”, como ficaram conhecidos os lançamentos de prisioneiros, ainda vivos, a partir de aeronaves que sobrevoavam o Rio da Prata e o Oceano Atlântico.

Os acusados foram julgados por crimes contra 86 pessoas, entre as quais, Azucena Villaflor, fundadora do grupo Mães da Praça de Maio, o jornalista, escritor, dramaturgo e militante político Rodolfo Walsh, e as freiras francesas Leonie Duquet e Alice Domon, ligadas às Ligas Agrárias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ofensas e a falta de identificação do leitor serão excluídos.

Web Analytics