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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cerveja "brinda" a decadência do jornalismo

por Thiago Domenici*

Jornalistas, repórteres e admiradores da profissão e quem mais se interessar, agora vocês podem (quem sabe no futuro) tomar uma cerveja exclusiva que contém "chocolate e cevada queimada, tão escura como o futuro do jornalismo”. No caso, o jornalismo dos EUA, pois a cerveja Unemployed Reporter Porter (algo como Repórter Desempregado) é criação de Jon Campbell, um norte-americano que largou a profissão para se "dedicar" a produção da bebida nas horas vagas.

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Seu logotipo (na imagem) é a figura de um jornalista chorando diante de uma máquina de escrever. Um ar retrô ao negócio-brincadeira. A cerveja do tipo "Porter", diz o rótulo, foi popularizada no século XIX por marinheiros mercantes e trabalhadores.

O ideia da cerveja surgiu depois que Campbell foi demitido em 2011 do semanário alternativo Hartford Advocate, na região de Connecticut. A garrafa é cheia de mensagens irônicas como essa: "Repórter Desempregado é trabalhada na antiga tradição em honra de uma profissão igualmente condenada à decadência e à irrelevância”. Seu teor alcoólico é um tanto elevado para "aplacar a dor da lenta e inexorável marcha em direção à absolescência", diz.

Diante da repercussão, Campbell escreveu recentemente em sua página na internet. "Infelizmente, a produção ainda não se expandiu para além do balde de cinco litros de plástico no meu armário".

Uma critica inusitada a profissão. E, convenhamos, o marketing da cerveja de Campbell é universal diante da precarização da profissão em vários países. A ideia merece um brinde.

*  jornalista, Thiago Domenici coordena e edita o Nota de Rodapé

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