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30 de Julho de 1929, jovens velejadoras no porto de Deauville, França (Getty Images)

domingo, 11 de agosto de 2013

Ruy Fernando Barboza

A última vez que encontrei o Ruy, no ano passado, na feijoada da Lana, na Vila Madalena, ele contava com entusiasmo da viagem que fizera pouco antes para Barcelona. Desde então não nos vimos mais. Somente algumas trocas de mensagens pelo Facebook e e-mail.

A última, pouco antes de ele ser operado para tirar a vesícula, eu pedia para publicar um texto que havia lido em seu blog. Ele respondeu que seria um prazer. O texto ia sair nessa semana, estava só a espera de uma ilustração para caprichar mais. Não deu tempo de ele ver, infelizmente.

Fui pego de surpresa com a notícia de sua partida, avisado pelo amigo em comum Serginho Kalili. Ruy tinha 70 anos e faleceu por conta de uma parada cardiorrespiratória em Florianópolis, cidade onde vivia.

O Ruy conheci em 2012, no começo do ano, quando ele foi ser editor de texto da Retrato do Brasil. Ele saiu alguns meses depois, num tempo de convivência curto mas intenso. Ele tinha uma energia tão boa, uma inteligência e um humor raros que virei um admirador imediato. Ruy era generoso por natureza. Era um extra-classe de ser humano. Durante as manifestações de junho ele me escreveu dizendo que o NR havia feito uma cobertura “ótima”. Fiquei orgulhoso. Elogio do Ruy era sinal de que estávamos no caminho certo.

Então, timidamente, quero prestar uma homenagem minha e do blog para o Ruy que foi, sem dúvida, um dos grandes jornalistas que esse país já teve. Foi, sem dúvida, uma pessoa muito querida e admirada, visto o tanto de gente que vi circular em seu velório nesse domingo à noite.

Queria deixar um abraço para família e pra Silvia, a namorada dele, também muito querida. Tem perdas que nos fazem balançar demais. E pensar num tanto de coisas que fica difícil digerir. Um dia a pessoa está ali, no outro não está mais. Complicado.

Valeu muito Ruy, um beijo, querido, com toda a minha admiração e respeito!

Thiago Domenici

"Nasci em Paranaguá, PR, em 1943. Mudamos para Londrina, PR, em 1947. Em 1965 concluí Direito na USP. Em Sampa, ao chegar em 1961, não conhecia quase ninguém. Primeiro emprego decente foi na Folha, em 1963. Lá Woile Guimarães e outros generosos jornalistas me explicaram o que fazer. Simultaneamente com o jornalismo, atuei por um tempo na advocacia criminal. Mais tarde cursei Mestrado em Comunicação, também na USP - mas não defendi a dissertação. Fiz Psicologia (São Marcos) e formação em Psicanálise, Psico-Oncologia e Análise Bioenergética. Planejei e implantei o curso de Comunicação da Universidade Estadual de Londrina. Continuei sempre no jornalismo (Realidade, Quatro Rodas, Playboy, Veja, TV Globo etc.) e na Psicologia (consultório, grupos e consultoria a empresas). Aos 50 anos, prestei concurso, como bacharel em Direito, para Analista Judiciário do Tribunal Regional Federal (onde me aposentei em 2000). Hoje moro em Floripa e em Sampa (sou editor de Texto da Retrato do Brasil) e trabalhei: até 2009, no Canal Futura e Revista Cláudia (respondia como psicólogo, a cartas d@s leitor@s. Em 2010 coordenei, por uns meses, a TV e a Radio Justiça, em Brasilia." - no seu blog Pensamentos Divergentes 

Um comentário:

Anônimo disse...

Inesquecível Ruy, querido amigo, adeus e até breve.

Pedro de Souza, Lisboa.

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